Ilustração Evandro Marenda

Praticar três esportes em sequência e ainda ser o/a mais rápido/a entre os competidores. Esse é o grande desafio de quem pratica o triatlo, um esporte que combina nado, corrida e ciclismo! Mas, de onde o/a triatleta tira tanto fôlego? Quem dá a resposta é Luma Guillen, que é atleta do Exército.

Luma revela que o ritmo agitado das competições vira até brincadeira entre os triatletas. É o que eles chamam de “curtir a dor”. “Quando a sensação de estar sem nenhuma força vier, tem que aguentar mais um pouquinho. O segredo mesmo é o treinamento. A gente se prepara muito todos os dias. Cada detalhe faz toda a diferença”, diz.

Não é para menos. Normalmente, as provas de triatlo são nessa ordem: natação, ciclismo e corrida. Nos Jogos Olímpicos, as distâncias chegam a 1,5 quilômetros de nado, 40 quilômetros de pedalada e, para completar, mais 10 quilômetros de corrida. É muita coisa!

“O triatlo é um esporte de resistência, então é necessário treinar muito. Muitas horas por dia, sete vezes na semana. Chegamos a fazer 30 horas semanais de treinos”, conta Luma. Para aguentar isso tudo, só com alimentação saudável e um período de descanso bem regulado.

Luma começou no esporte pela ginástica olímpica, mas logo mudou de vez para o triatlo. Apesar da intensa rotina de torneios, o esporte faz com que ela viva muitas experiências legais. Já participou do Campeonato Mundial Militar, na China, e da Copa do Mundo, no Peru. Ela descreve a sensação de participar de competições como a parte mais divertida da vida de um atleta.

“Competir entre as melhores do mundo é uma sensação única. O mais gratificante é ver o resultado final e saber que valeu a pena, mesmo nos dias difíceis. Além disso, podemos conhecer muitos lugares e pessoas diferentes. Mas a parte mais prazerosa é a medalha, claro”, diz.

Mas o esporte profissional não resume à diversão. “Competir em alto nível é muito complicado, tudo pode ser decidido em segundos. Então, todas as experiências são carregadas de responsabilidade”, completa Luma.

A triatleta lembra que foi na escola que ela aprendeu sobre o esporte, tomou gosto e começou a competir. Hoje, ela faz faculdade de educação física e descobriu que passou a treinar melhor por causa dos estudos! “Entender o corpo, a metodologia do treinamento e o caminho por onde estou indo é muito importante na preparação”, explica.

Ser triatleta significa superar os próprios limites! É uma vida cheia de experiências, mas que também exige muitos sacrifícios. “É preciso estar disposto a dar seu melhor todos os dias, até mesmo nos finais de semana. Aquele lanche gostoso e a balada muitas vezes vão acabar ficando de lado. Para mim, valeu muito a pena, porque eu amo o esporte que escolhi”, finaliza Luma.

 

Cathia Abreu,
Instituto Ciência Hoje.

Matéria publicada em 11.10.2021

Seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outros conteúdos desta edição

700_280 att-37128
700_280 att-37088
700_280 att-37249
700_280 att-37208
700_280 att-37135
700_280 att-37270
700_280 att-37092
700_280 att-37397
700_280 att-37101
700_280 att-37391
700_280 att-37376
700_280 att-37340
700_280 att-37123
700_280 att-37365
700_280 att-37257

Outros conteúdos nesta categoria