Esse é um dos poucos esportes que esteve presente em todas as edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, ou seja, desde 1896. Essa modalidade, que já foi uma luta medieval, inspirou filmes como Os Três Mosqueteiros e Star Wars. Quem pratica precisa ser ágil, muito ágil! Além disso, veste um uniforme muito legal, que lembra até um robô futurista. Vamos conhecer melhor a esgrima?
O objetivo da modalidade é bem simples e muito difícil ao mesmo tempo: tocar o rival com a espada e evitar os golpes. Para fazer isso, o praticante pode escolher entre três instrumentos: o florete, o sabre e a espada. Esses objetos também são responsáveis por dividir as categorias da esgrima. O árbitro nacional de esgrima olímpica, Danilo Couto Guedes contou para a CHC um pouquinho das regras desse esporte tão peculiar.
“A espada é uma arma que chamamos de estocada, porque só pode tocar o adversário com a ponta dela. E vale o corpo inteiro do oponente. Assim como a espada, o florete também é de estocada. Só que a área de toque fica reduzida somente ao tronco do adversário. No sabre é possível tocar com a ponta e com toda a parte da lâmina, e a área válida no oponente é do tronco para cima, incluindo a cabeça e as costas. Só não vale as mãos”, explica.
Atualmente, as grandes potências mundiais da esgrima são Itália, Coreia do Sul, França, Rússia e Hungria. Mas, em uma disputa tão rápida, como os árbitros fazem para conseguir ver quem tocou em quem primeiro para dar o ponto? O mecanismo funciona como um botão de luz, que apaga e acende ao ser encostado. Veja só que bacana:
“Tanto o florete quanto a espada têm uma mola nas pontas que funciona como um interruptor de lâmpada. Conforme a gente pressiona ele aciona um sistema de luz para o árbitro saber quem atingiu primeiro o adversário. O sabre, por sua vez, é como se fosse um fio desencapado, e qualquer parte da lâmina aciona o dispositivo de luzes”.
Formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Danilo nos conta os benefícios que a prática da esgrima traz para o corpo humano: “Temos uma infinidade de músculos sendo utilizados. Usamos muito a parte de membros inferiores, já que tem movimentos específicos que envolvem uma guarda um pouco mais baixa e joelhos sempre flexionados. Isso exige um pouquinho mais do quadríceps, parte posterior de coxas e glúteos. Mas, de forma geral, a gente trabalha o corpo inteiro”, conta.
E quanto à alimentação? Como toda prática esportiva, comer bem é algo de extrema importância. Danilo dá dicas, mas ressalta que qualquer esportista necessita do acompanhamento de um especialista no assunto: “Não tem diferenciação de categorias em relação ao peso na esgrima. Mas a gente pede aos atletas para terem uma alimentação saudável e evitar alimentos gordurosos. Sempre recomendamos que procurem um nutricionista, o profissional certo para administrar uma dieta correta”.
Cathia Abreu,
Instituto Ciência Hoje.
Matéria publicada em 25.10.2021