Infectologista!

Ilustração Luci Sacoleira

Um paciente chega com febre. O que será? Serão necessários detetives para investigar a causa? Bem, quase isso: é hora de pedir ajuda aos infectologistas! Esses(as) profissionais, assim como um detetive, devem ser curiosos(as) e usar suas habilidades de investigação para descobrir, entre muitas opções, qual doença o paciente tem, como ela se apresenta e, principalmente, como fazer o paciente melhorar!

O nome já é uma pista: infectologia é o ramo da medicina que trata das doenças infecciosas, que podem ser causadas por microrganismos como vírus, bactérias, fungos, protozoários ou vermes. “Para quem quer seguir essa área, curiosidade e senso de investigação estimulam e norteiam a vida de um infectologista. É preciso ter raciocínio clínico, procurar saber a causa possível da doença, os sintomas ligados a ela, o melhor tratamento, conhecer a dinâmica da doença naquela população e sempre suspeitar”, diz o pediatra infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

De olho em tudo

Nos últimos anos, as agressões ao ambiente e o desrespeito à natureza contribuíram para o aumento de doenças infecciosas no mundo. Apareceram covid-19, dengue, chicungunha, Zika, ebola… E aí os profissionais da infectologia ficaram ainda mais requisitados. “É uma especialidade dinâmica e nada monótona, o que também são atrativos para a profissão”, explica o nosso entrevistado.  

Kfouri conta que a busca pela cura de problemas e doenças o acompanhava desde pequeno. “Ser capaz de aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida de alguém sempre me atraiu. E, dentro da medicina, a área de infectologia é uma área iminentemente clínica, não fica focada em um único órgão ou uma única doença”, conta ele. 

Quem escolher seguir esse caminho precisa se formar em medicina e se especializar em infectologia. Aí, é hora de trabalhar! Além de analisar o quadro de pacientes e fazer o diagnóstico de doenças, infectologistas podem atuar com a prevenção e a pesquisa por terapias, sempre buscando uma melhor qualidade de vida e saúde para os pacientes, de crianças a adultos de todas as idades.

Trocas entre especialistas

Infectologistas podem trabalhar dentro de hospitais, laboratórios, clínicas, consultórios, fazer pesquisas em universidades, atuar na área de imunizações ou na área de vigilância de doenças de um país, por exemplo. 

O dia a dia varia de acordo com a área escolhida. “No meu caso, tenho uma rotina de consultório, onde trabalho com infectologia pediátrica (focada nas crianças e suas doenças). E em clínica privada trabalho dentro de um berçário na área de infecções neonatais (de recém-nascidos). Aí vejo como é importante conhecer outras áreas e ter um intercâmbio com outros especialistas”, diz Kfouri.  “O desafio de investigação e descoberta está sempre presente”, completa ele.

Em busca da cura

Para chegar aos diagnósticos, quer dizer, à identificação da doença com base nos sinais que observa, infectologistas podem precisar de exames específicos, como de microbiologia, recuperação de germes e de organismos causadores de determinada doença – exames que nem sempre estão disponíveis fora dos grandes centros urbanos… 

Precisam, também, ter conhecimento sobre medicamentos, como antibióticos ou antivirais, o que reforça a importância da colaboração com outros profissionais da área da saúde. 

A melhor parte: “A maioria das doenças infecciosas são agudas e, portanto, você trata aquela infecção, e o indivíduo se cura”, diz Kfouri. “Claro que há infecções crônicas e outras situações, mas na maioria das vezes o infectologista traz um resultado de cura para esse paciente”. 

Além disso, infectologistas têm aliadas importantes: as vacinas! Elas podem amenizar sintomas e, muitas vezes, evitar que algumas doenças infecciosas se instalem.

Elisa Martins
Jornalista
Especial para a Ciência Hoje das Crianças

Matéria publicada em 31.08.2023

Comentários (8)

  1. Gostei muito dás notícias,li a minha filha algumas das revistas e ela gostou muito ?

  2. Obg presisava muito disso pra escola

  3. Presisava muito pra estudos na escola que a prof pediu
    Pro chc

  4. Obg foi minha que a prof pediu
    Pro chc.
    Oi

  5. Oii obg pela historia do infectologista

  6. ola chc,
    eu gostei muito da reportagem, eu nunca tinha ouvido falar dessa profissão. beijo.

  7. Anna Alice - Aluna do 8 ano da Emeb Fco Rodrigues de Medeiros. São Benedito-Ce

    Eu achei muito interessante o fato de que as doenças existem pelo simples fato do desmatamento. E também achei muito interessante as formas que são descobertas as doenças porque é muito legal saber como que é todo esse procedimento.

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