Ilustração Walter Vasconcelos

Você é do tipo que fica todo animado só de sentir aquele cheirinho de comida vindo da cozinha e não perde tempo na hora de ajudar a preparar os pratos? Então talvez você deva considerar a profissão de cozinheiro/a! Esse é um dos trabalhos mais essenciais que existem, e normalmente a pessoa começa a aprender e tomar gosto sem perceber, na cozinha da própria casa.

Mas o que é preciso para deixar de cozinhar apenas por prazer e fazer disso uma profissão? Da cozinha de casa até os restaurantes mais conceituados do mundo, há dois caminhos principais. O primeiro é colocar a mão na massa mesmo, entrar na cozinha e aprender tudo o que pode. O segundo é cursar uma faculdade de gastronomia, antes de começar a trabalhar em uma cozinha profissional.

Para a chef Isabelle Ferreira, que trabalha com gastronomia há quase 10 anos, a cozinha foi praticamente um chamado. Ela fazia faculdade de Letras quando engravidou e precisou de um dinheirinho a mais para pagar as contas. Então fez um curso de confeitaria, se apaixonou e não largou mais! “Percebi que gostava do cotidiano da cozinha. Tranquei a faculdade de Letras de vez e fui fazer um curso técnico. Sempre gostei de comida e sempre gostei de pensar a comida”, conta. Hoje Isabelle é cozinheira do Wursteria, um restaurante de cozinha alemã no Rio de Janeiro, mas já trabalhou em outros dois restaurantes.

A cozinha é um lugar de muitas oportunidades. São muitas as funções diferentes, porque nenhum restaurante é igual ao outro. “Uma cozinha de tamanho médio costuma ter um bom número de funcionários: alguém para limpeza, o auxiliar, um cozinheiro para as entradas, outro para a fritadeira e alguém para as carnes e pratos principais”, explica Isabelle.

O dia a dia do/a cozinheiro/a é cheio de surpresas e possibilidades. E muitas exigências também. Sabia que o trabalho de um/a cozinheiro/a começa na hora de escolher a roupa? Pois é! Tem que usar roupas limpinhas, diferentes das que andou na rua. Não pode ter unhas grandes e pintadas, nem usar perfume… Isabelle explica o porquê: “Qualquer coisa pode mexer com o sabor da comida, então tudo tem que estar limpo. Não podemos usar nada com cheiros fortes também, como cremes ou perfumes. Temos sempre que lavar as mãos com sabonete neutro”.

Parece estranho, mas existe até um sapato próprio para andar nas cozinhas! Por conta de tanta comida que é preparada e frita, o chão fica escorregadio. É preciso uma técnica para não cair com tudo no chão. E isso pode ser tão difícil quanto preparar um bom prato. “Existe um jeito diferente de pisar na cozinha. A gente costuma dizer que é nesse momento que você realmente aprende a ser cozinheiro”, brinca Isabelle.

Além das quedas, a cozinha também esconde outros perigos. Acidentes, como cortes e queimaduras, acontecem com frequência. Mas nada disso é capaz de diminuir o prazer de cozinhar. “O cotidiano é o que eu mais gosto hoje. Se você não gostar da rotina, não funciona”, diz Isabelle. Para ela, a melhor parte do trabalho é proporcionar experiências diferentes para as pessoas. Se é bom ser elogiado em casa, imagine por um restaurante inteiro!

Cathia Abreu

Instituto Ciência Hoje

Matéria publicada em 22.12.2020

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