Nome: Monstro-de-Tully (Tullimonstrum gregarium)
Origem: América do Norte
Tamanho: 35 centímetros, em média
Peso: desconhecido
Época em que viveu: 300 milhões de anos atrás (Período Carbonífero)
O trabalho dos paleontólogos envolve, entre muitas coisas, identificar os fósseis e contar ao mundo que criaturas eram aquelas cujos restos do corpo ou de suas atividades (como cocôs e pegadas) acabaram petrificados. É preciso analisar os detalhes com atenção para definir corretamente a identidade de um fóssil. Mas, às vezes, são descobertos fósseis tão estranhos que sua identidade permanece misteriosa por muito, muito tempo. É o caso do monstro-de-Tully.
O monstro-de-Tully foi batizado em homenagem a Francis Tully, um instalador de tubulações que descobriu o primeiro fóssil desse bicho esquisito, e o levou em 1958 para ser estudado no Museu Field, na cidade de Chicago, Estados Unidos. Em 1966, o paleontólogo Eugene Richardson Jr. publicou um artigo científico descrevendo a espécie e dando-lhe seu nome científico, Tullimonstrum gregarium, que em latim quer dizer “monstro comum de Tully”, porque muitos fósseis dessa espécie foram encontrados no mesmo lugar.
Como o corpo do monstro-de-Tully foi preservado por 300 milhões de anos? Graças a condições muito especiais do ambiente em que viveu, dizem os cientistas. Quando um Tullimonstrum morria, seu corpo afundava e acabava enterrado na lama que cobria o fundo do mar daquela região. Reações químicas entre a água e a lama acabaram criando uma “casca” do mineral siderita em volta do corpo do animal antes da sua decomposição. Milhões de anos depois, o que vemos hoje é um “carimbo” detalhado do corpo do Tullimonstrum na rocha que um dia foi lama.
Os fósseis do Tullimonstrum deixam claro que se tratava de um animal bastante esquisito. Seu corpo não tinha membros, mas sua cauda parecia um remo. Na cabeça havia duas hastes compridas com um olho em cada ponta, parecidos com os olhos de um caramujo. E, para terminar, uma tromba comprida com uma boca em forma de pinça cheia de dentes. Parece até uma criatura de ficção científica, mas a verdade é que o Tullimonstrum viveu no oceano na América do Norte antes da evolução dos dinossauros.
Quando Eugene Richardson estudou o monstro-de-Tully, concluiu que este animal era um invertebrado, mas não conseguiu definir de qual grupo. Seria um molusco, como as lesmas e lulas? Um anelídeo como as minhocas? Ou seria outra coisa?
Em 2016, após estudar mais de 1.200 fósseis diferentes de Tullimonstrum, a paleontóloga Victoria McCoy e sua equipe encontraram indícios de que o monstro-de-Tully tinha uma notocorda, uma barra de cartilagem que percorre o interior do corpo, dando-lhe sustentação – nos vertebrados, como nós, a notocorda desaparece e dá lugar às vertebras. Os pesquisadores concluíram que o Tullimonstrum era mais aparentado às lampreias, um grupo de “peixes” de origem muito antiga e sem mandíbulas, que hoje vivem em algumas partes do mundo, especialmente no hemisfério Norte.
Mas, em 2017, o grupo da cientista Lauren Sallan publicou um estudo afirmando que a equipe de Victoria McCoy interpretou errado alguns detalhes dos fósseis, e que o Tullimonstrum não foi um peixe primitivo. Que tipo de bicho era esse então? Ao que parece, os cientistas seguirão fazendo pesquisas para tentar responder essa pergunta.
Henrique Caldeira Costa
Departamento de Zoologia
Universidade Federal de Juiz de Fora
Matéria publicada em 09.03.2020
Na cultura chinesa, o porco é símbolo de prosperidade e riqueza. Por esta razão, muitos cofrinhos têm o formato desse animal. E se há algo que podemos afirmar com segurança é que “para ter sempre, é preciso poupar”.
Yasmim Araujo Gonçalves
Que legal eu não sabia que existia esse bicho
Publicado em 20 de agosto de 2020
Angelina Lopes Araújo
Eu achei muito Legal essa matéria ele tem um formato muito estranho que dá pra se confundir
Publicado em 20 de agosto de 2020
Anna Beatriz Oliveira Silva
Achei o bicho bem estanho nunca tinha visto um iqual,é pesquisei no Google mais fotos e achei ele parecido com um cavalo marinho fiquei bem surpresa que pode existir mais de 1.200 fósseis diferentes
Publicado em 20 de agosto de 2020