Sarda é o nome popular para as ‘efélides’, aquelas manchinhas de coloração castanha clara ou escura que aparecem geralmente em áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, colo e ombros. Efélides não é lá uma palavra muito comum, mas as sardas são bem conhecidas, principalmente em pessoas loiras, ruivas e de pele clara no geral. Essas pessoas têm maior tendência genética, quer dizer, trazem essa característica no próprio organismo, de desenvolver essas pintinhas ao longo da vida.
Mas não se nasce com as sardas! As sardas muitas vezes aparecem pela exposição contínua da pele ao sol durante a vida. Para algumas pessoas, essas manchinhas são um charme. Mas são também um sinal de alerta, porque aparece em pessoas mais sensíveis à radiação solar. Isso quer dizer que elas têm mais chances de desenvolver câncer de pele ao longo da vida, caso essa exposição ao sol seja intensa e sem a proteção adequada. Isso quer dizer que é fundamental usar protetor solar com alto fator de proteção todos os dias! Além disso, chapéus, bonés e óculos escuros também podem ajudar.
Embora não exista uma cura para as sardas – ou efélides, agora você já sabe! –, é possível controlá-las ou disfarçá-las. O uso de cremes, nos casos mais leves, e procedimentos dermatológicos como peelings e lasers ajudam a suavizar essas manchas. Mas lembre-se de sempre procurar a orientação de especialistas!
Maria Paulina Kede
Sociedade Brasileira de Dermatologia
A neve é um fenômeno do clima no qual a chuva cai em forma de flocos congelados, quando a temperatura está abaixo de zero grau. E do que é mesmo feita a chuva? De água! A neve, então, nada mais é do que uma chuva ou garoa… congeladas! E você sabe como esse fenômeno acontece?
Funciona assim: quando aquecida pelo Sol, a água da superfície da Terra evapora, se transforma em vapor d’água e vai para a atmosfera, onde são formadas as nuvens. Esse vapor d’água nas nuvens passeia com elas até encontrar uma região mais fria. Nessa hora, ele deixa de ser vapor e volta ao estado líquido, pronto para cair em forma de gotas de chuva. Mas, quando está muito, muito frio, com temperaturas negativas, ao invés de cair em forma de gotas de chuva, essa água se transforma em flocos e cai em forma de neve. É um fenômeno bem difícil de ocorrer no Brasil, país de clima tropical e com temperaturas elevadas na maior parte do ano. Por aqui, a neve só ocorre em casos isolados, principalmente na região Sul, onde as temperaturas costumam ser mais baixas. Mesmo assim essa neve geralmente não se acumula e volta ao estado líquido rapidinho!
Erli Schneider Costa
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Certamente eles não são contados de um em um! Alguns gafanhotos têm o comprimento equivalente ao do nosso dedo mindinho. Já pensou o trabalhão que isso daria? Essas nuvens de gafanhotos se formam de tempos em tempos, quando algumas espécies de gafanhotos se juntam em aglomerações em busca de parceiros para acasalar e de um novo lar. Às vezes, grupos de uma mesma espécie podem se encontrar no céu, gerando uma gigantesca nuvem de gafanhotos!
A depender do tamanho, essas nuvens podem ser detectadas por radares e satélites. E é através desses radares que cientistas conseguem acompanhar essas nuvens de insetos e prever por onde vão passar, analisando a direção do vento, o relevo, a temperatura e a umidade das regiões. Com isso, conseguem também contar os gafanhotos dessas nuvens!
É assim: primeiro, os radares calculam a área e o volume da nuvem de gafanhotos. Depois, é preciso saber o tamanho e a massa (ou o “peso”) médio dos gafanhotos, que variam para cada espécie. Com esses dados e um pouco de matemática, estima-se o número de gafanhotos. Pode não ser o número exato, claro, mas se aproxima bastante!
No ano de 2019, a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, foi tomada por uma nuvem de gafanhotos tão grande que parecia uma tempestade. Cientistas estimam que havia nada menos do que 48 milhões de gafanhotos no céu!
Os gafanhotos são inofensivos para as pessoas. Não têm veneno nem mordem. Porém, uma infestação dessas pode prejudicar plantações de cidades inteiras! Por isso, é importante que os cientistas estejam sempre de olho e acompanhando estes fenômenos naturais.
Sávio Cavalcante
Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz
Matéria publicada em 01.04.2022