A palavra “mutante” nos faz logo pensar em filmes ou desenhos animados, nos quais os heróis e, às vezes, os vilões ganham o poder de se transformar. Ficam maiores, mais rápidos, mais fortes… Mas, no mundo real, também existem mutantes – é o caso dos vírus!
Os vírus são considerados mutantes porque os ingredientes dos quais são formados podem se modificar. Esse é o caso do novo coronavírus, que pode causar problemas respiratórios graves e que, por isso, faz com que uma quantidade enorme de pessoas pelo mundo inteiro tente se proteger ficando em casa.
Ilustração Jaca
Todo mundo sabe o que os vírus são capazes de causar doenças em humanos e em outros animais. Gripe, dengue, sarampo são alguns exemplos de doenças provocadas por vírus. Eles podem ter formatos diferentes, mas são iguais em algumas coisas: são microscópicos, formados por material genético (DNA ou RNA, que são o “manual de instruções” do vírus) e embrulhados em um pacote chamado capsídeo. Alguns vírus, como o novo coronavírus, possuem uma capa protetora adicional chamada “envelope”, que contém gorduras em sua composição – isso faz com que detergente e sabão possam destruir estes vírus. .
Outra característica dos vírus é a mutação. Esse processo modifica os ingredientes formadores do “manual de instruções” dos vírus, podendo transformá-los em vírus diferentes. As mutações são, na verdade, erros que acontecem durante a multiplicação dos vírus. Algumas mutações tornam os vírus mais perigosos à nossa saúde. Outras não têm efeito.
Paulo Michel Roehe
Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul