Siiim!!! Os cães foram domesticados há cerca de 30 mil anos. Ao longo desse tempo todo de convivência, diferentes características e habilidades foram sendo selecionadas nesses animais para estreitar sua relação com os humanos. Isso inclui algumas características físicas e comportamentais importantes para a comunicação entre as duas espécies.
Um exemplo interessante é aquele olhar de “coitadinho” que os cães costumam fazer. Essa expressão que derrete nossos corações só é possível devido a músculos existentes ao redor dos olhos dos cachorros, que, curiosamente, não são encontrados em seus parentes mais próximos, os lobos.
Isso não quer dizer que os cães entendem tudo o que falamos, claro. Mas eles são capazes de aprender o significado de várias palavras, mesmo sem passar por nenhum tipo de treinamento ou adestramento. É muito comum, por exemplo, que, ao longo do convívio com pessoas, os cachorros passem a entender o significado de palavras que se referem a coisas do seu interesse. Por exemplo: passear, comida, bolinha, entre outras.
Mas a principal parte da comunicação entre humanos e cachorros se dá mesmo através da linguagem não falada. Ou seja, através de olhares, expressões faciais e linguagem corporal. Vários experimentos já mostraram que os cães são melhores do que lobos, e até mesmo do que os inteligentes chimpanzés, em interpretar gestos, expressões faciais e olhares humanos. Outros estudos sugerem ainda que os cães conseguem até distinguir as emoções dos humanos, quando estamos sorrindo ou chorando, por exemplo.
Na verdade, todas essas pesquisas só comprovam aquilo que já sabemos por experiência própria: nossos amados amigos caninos só faltam mesmo falar com a gente!
Vinícius São Pedro
Centro de Ciências da Natureza
Universidade Federal de São Carlos
Elas têm diferentes valores, tamanhos e até cores. E, talvez você não tenha reparado, mas algumas moedas brasileiras têm o desenho de personagens históricos, como Pedro Álvares Cabral, Dom Pedro I, Marechal Deodoro, o Barão do Rio Branco e a Efígie da República. O fato é que as moedas, essas pecinhas circulares que usamos em compras, recebemos de troco ou guardamos em um cofrinho, têm uma história bem antiga.
Por aqui ela começa em 1695, ano em que a Casa da Moeda do Brasil, que hoje fica no Rio de Janeiro, iniciou sua produção. Se você já brincou com um carimbo e carimbou no papel, essa imagem pode ajudar a entender como se fazem as moedas. Imagine um carimbo sobre um disco de metal onde poderá reproduzir várias vezes desenhos dos dois lados de um disco. Essa tarefa exige uma equipe especializada, além de máquinas modernas, de última geração.
Quem regulamenta todo esse processo é o Banco Central. Primeiro são feitos os discos, que são recortados do mesmo tamanho. Em seguida, é feita a produção dos desenhos que vão ser cunhados, quer dizer, prensados nas moedas. Por fim, os discos seguem para uma prensa de alta produção, que faz a marcação das moedas por batidas.
No passado, as moedas já foram feitas de ouro, prata, cobre, bronze e níquel. Hoje, são de aço. Algumas são banhadas também em outros metais, como as de 1 e 5 centavos, que são avermelhadas pelo revestimento de cobre. Ou as de 10 e 25 centavos, que puxam para o dourado porque levam um banho de bronze.
O Brasil produz milhões de moedas por ano. A Casa da Moeda consegue fabricar cerca de 750 moedas por minuto! Agora você já sabe: quando pegar uma moeda, lembre-se que, além do valor que você pode juntar para comprar algo, ela carrega uma parte da nossa História.
Gilberto Fernando Tenor
Sociedade Numismática Brasileira
Com certeza existem mais bichos que pessoas no mundo! Muitos se esquecem, mas insetos também são animais, e seu número supera muito o número de seres humanos no planeta. Se considerarmos apenas as formigas, em algumas espécies uma única colônia pode ter mais de 100 mil formigas. Enquanto o total de pessoas no mundo está um pouco acima de 7 bilhões, o número de formigas supera a casa dos trilhões! Outros bichos também existem em maior quantidade que pessoas, como cupins, aranhas e alguns invertebrados marinhos.
Você deve estar se perguntando como é que fazemos essa conta toda. Fazemos estimativas, porque calcular a quantidade de bichos no mundo é bastante complexo e, em alguns casos, ainda impossível. Eu, por exemplo, pesquiso os louva-a-deus do Brasil. Aqui temos 250 espécies diferentes, mas ainda não sabemos dizer exatamente quantos indivíduos de cada espécie existem. Como o habitat e o comportamento de cada espécie ainda são desconhecidos, fica difícil dizer o tamanho das populações de louva-a-deus por aqui.
Entre os mamíferos, porém, os seres humanos são uma das espécies mais numerosas, e esse número não para de crescer.
Leo Lanna
Projeto Mantis
Matéria publicada em 01.07.2022