Você já deve ter notado que cães e gatos adoram marcar o território. Para isso, usam uma combinação de urina e secreções de glândulas, que contêm feromônios e outras substâncias.
Ao urinarem, os cães estão deixando uma mensagem para outros cachorros que possam passar por ali. Algo como: “eu estive aqui!” ou “esse lugar é meu!”, delimitando o espaço que o animal considera como seu e criando um ambiente onde ele se sente mais confortável e seguro, livre de ameaças. Além disso, a urina revela diversas informações, como sexo, status reprodutivo e condição de saúde. É como se estivessem mostrando sua identidade através do cheiro – o que é importante, principalmente, para afastar concorrentes e atrair parceiros.
Mas… enquanto os cães utilizam a urina como principal forma de marcar seu território, os gatos têm outras técnicas, como glândulas nas bochechas e patas que liberam secreções. Eles arranham e esfregam suas bochechas em objetos e até mesmo em nós, humanos, para deixar claro que aquele objeto ou pessoa faz parte do seu território.
Bruna Carneiro, Bruna Oliveira e Priscilla Bomfim
Núcleo de Pesquisa, Ensino, Divulgação e Extensão em Neurociências
Universidade Federal Fluminense
A banana é cultivada pelos humanos há cerca de 7 mil anos! Essa fruta pra lá de saborosa teve origem no Sudeste da Ásia, e, em todo esse tempo, surgiram novas bananeiras a partir do cruzamento entre duas ou até três espécies selvagens ou cultivadas. Hoje existem mais de mil variedades de bananas! Há bananas com sementes, com diferentes sabores, aromas, tamanhos… e cores!
As bananas que ainda não estão maduras têm coloração esverdeada pela presença da clorofila, substância fundamental para a fotossíntese. Quando amadurecem, a maioria das bananas tem casca com tons amarelados, pela presença de uma substância chamada carotenoide, a mesma encontrada na laranja. Mas algumas, quando maduras, possuem a casca avermelhada em razão da presença de pigmentos vegetais chamados antocianinas, encontrados também no morango. Há também bananas com casca azul prateada! Essa coloração só ocorre nos frutos que ainda não amadureceram, por conta da presença de uma camada de cera. Quando amadurecem, a casca fica amarelada, a cor mais comum dessa fruta.
Marcelo Guerra Santos e Luiz José Soares Pinto
Laboratório de Biodiversidade
Faculdade de Formação de Professores
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
O que vem à sua cabeça quando você ouve a palavra arbovirose? Alguma doença? Mais exatamente uma ‘virose’? Acho que você está no caminho certo, mas, para termos certeza, que tal uma pesquisa sobre a origem da palavra? O termo ‘arbovirose’ foi criado por volta de 1940 para dar nome a uma doença causada por um arbovírus. A palavra ‘arbovírus’ vem da expressão em inglês ARthropod-BOrne VIRUS e significa ‘vírus transmitidos por artrópodes’. Agora só falta você saber que ‘artrópodes’ se refere a um grupo de animais que engloba os insetos, como os mosquitos, e os aracnídeos, como os carrapatos.
Então, arbovirose é uma doença causada por um vírus, mas não por um vírus que está no ar, na água ou nos é transmitido pelo contato com outra pessoa. Nas arboviroses, o vírus precisa de um artrópode para ser transmitido. Esse artrópode é chamado de vetor.
Andrea T. Da Poian
Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Há mais de 20 milhões de anos, muito antes de os seres humanos sequer existirem no planeta, boa parte do que hoje é a Amazônia era uma área alagada, de água salgada, ligada ao oceano Pacífico (a oeste) e ao Atlântico (a norte). Nessa época, o que viria a ser hoje o rio Amazonas corria na direção do oceano Pacífico. Com o passar de milhões de anos, o oeste da América do Sul começou a se parecer mais com o que é hoje, com a formação da cadeia de montanhas que chamamos de Cordilheira dos Andes. Mas, parte da Amazônia Ocidental continuou alagada: o Lago Pebas-Solimões. É por causa dessa conexão com o mar, durante tanto tempo, que algumas espécies marinhas acabaram se adaptando à água doce.
João Gabriel Ascenso
Colégio de Aplicação
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Matéria publicada em 01.10.2024