Quero saber…

…por que algumas vacinas são gotinhas e outras, injeção? 

As vacinas em gotas, que tomamos na boca, são para evitar doenças que contraímos também pela via oral – por meio de alimentos ou água contaminada –, como é o caso dos rotavírus e do vírus da poliomielite (causador da paralisia infantil). Esse tipo de vacina é absorvido no trato gastrintestinal – que inclui, boca, faringe, estômago e intestino – e age estimulando o nosso sistema imunológico a combater os microrganismos que se instalam nessa região.

Já as vacinas injetáveis estimulam o nosso organismo a combater os microrganismos que, em geral, são transmitidos pelo ar, como é o caso da tuberculose, do sarampo, da catapora e da caxumba, por exemplo.

Embora haja diferença no local de ação, o objetivo de qualquer vacina é o mesmo: estimular nosso corpo a se proteger de microrganismos que podem causar doenças. Quer saber de uma novidade? Muitos pesquisadores já estudam como fazer para que vacinas tradicionalmente usadas pela via oral possam também ser administradas pela via injetável e vice-versa! Para alguns casos, isso já é realidade. A vacina contra os vírus da poliomielite, por exemplo, pode ser administrada tanto em gotinhas quanto em injeção. Será que, no futuro, poderemos escolher?!

 

Alexander Precioso
Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância/Instituto Butantan
e Instituto da Criança/HC-FMUSP.

Por que existe a declaração dos direitos humanos?

No dia 10 de dezembro de 2018, um documento histórico completa 70 anos: a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela foi escrita por estudiosos de várias nacionalidades e adotada pela Organização das Nações Unidas, a ONU, uma organização criada para promover a integração entre os países nas mais diferentes áreas.

Na época em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criada, fazia pouquíssimo tempo que a Segunda Guerra Mundial tinha acabado, e muita gente ainda estava assustada com os efeitos provocados por esse conflito que envolveu diversos países. Daí veio a ideia de produzir um documento para guiar os países na busca pela paz, uma paz mundial!

Mas essa paz só seria alcançada e mantida se os países integrantes da ONU garantissem os direitos e liberdades fundamentais de cada indivíduo e organizações que existem. A declaração incluiu então 30 artigos que devem ser respeitados por todos. Alguns que podemos destacar são: o direito à vida, à segurança, à livre expressão de ideias, de religião e de organização política.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos também defende o acesso de todos ao trabalho, à moradia, à alimentação, à saúde, à educação e ao lazer. Infelizmente, ter tudo isso escrito não significa que seja cumprido. Até hoje homens e mulheres de todo o mundo lutam para que os artigos do documento da ONU sejam realmente respeitados pelos governos mundo afora.

Pensando bem… o aniversário desse documento é um bom momento para lembrar sua origem e celebrar a vida, a democracia, a diversidade e paz, você não acha?!

 

Leandro Climaco Almeida de Melo Mendonça
Professor de História/Colégio Pedro II.

Por que não podemos comer espinafre cru?

Em um desenho animado antigo, chamado “Popeye”, o personagem principal ficava mais forte quando comia espinafre. Realmente, essa é uma verdura rica em minerais, vitaminas e compostos que trazem benefícios ao nosso corpo! Mas o espinafre que consumimos no Brasil está também entre os alimentos com maior conteúdo de ácido oxálico, um composto natural que, dentro do organismo, faz ligações com alguns minerais (principalmente com o cálcio, o ferro e o magnésio), formando sais que o nosso organismo não consegue absorver. Isso pode levar à formação de pedras, isso mesmo! Essas pedras podem se alojar nos rins ou na bexiga, causando problemas de saúde.

Quer saber mais? O espinafre cru, por ter o poder de se ligar a certos minerais em nosso corpo, pode acabar nos levando a ter deficiência desses minerais. Então, devemos deixar o espinafre de lado para sempre? Não!!! A solução é simples: cozinhar! Quando cozinhamos ou fervemos o espinafre, o calor diminui a concentração de ácido oxálico. Ah! É importante descartar depois a água usada no cozimento, viu?

Mais uma dica: se for consumir o espinafre refogado, é recomendável que em outras refeições estejam presente alimentos com cálcio, como queijo, sardinha em conserva, grãos e castanhas. Lembre-se de não concentrar sua alimentação em poucos alimentos. Diversidade e equilíbrio na alimentação são fundamentais para manter a saúde!

 

Elisa Martins
Jornalista, especial para Ciência Hoje.

Raquel Pires Campos
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição,
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Matéria publicada em 13.12.2018

Comentário (1)

  1. Quando a minha mãe faz espinafre ela sempre cozinha, porque a minha irmã leu sobre isso e contou pra ela!

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