A resposta é sim! A realização de eventos esportivos traz um risco individual e coletivo à saúde das pessoas, simplesmente porque a pandemia não acabou, o novo coronavírus continua circulando. As Olimpíadas de Tóquio, que foram adiadas de 2020 para 2021, estão no centro dessa discussão. Diversas cidades do Japão estão em situação de alerta por conta do aumento do número de casos de covid-19 e também de mortes pela doença. Imagina o que pode acontecer com a chegada de milhares de atletas olímpicos e paraolímpicos de diferentes países? São quase 700 eventos esportivos programados!
A inspiração das olimpíadas é a convivência, a cooperação e a solidariedade entre povos. Mas parece que solidariedade está faltando… Todos estamos acompanhando os profissionais da saúde, os cientistas e a população fazendo de tudo para combater a pandemia. Se ainda estamos nos desdobrando assim, podemos dizer que ainda não é o momento para a realização de eventos esportivos como esse, não é mesmo?
Mas o fato de este não ser um bom momento para as olímpiadas não significa que devemos deixar de lado o esporte, a prática de atividades físicas. Atividades físicas individuais são recomendadas, dependendo da situação de contágio e de controle do vírus de cada local. E, claro, sempre respeitando as medidas individuais e coletivas de proteção contra a covid-19. Você já deve conhecer quais são: usar máscara, manter distanciamento físico de outras pessoas e dar preferência a se exercitar em lugares abertos. Movimentar o corpo é fundamental para crianças, adolescentes, adultos e pessoas idosas, especialmente nessa pandemia que já dura quase dois anos!
Bernadete Perez
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Pernambuco
Infelizmente, é verdade… A pandemia da covid-19 levou muita gente a ficar mais em casa. Afinal, essa é uma das recomendações sanitárias importantes para diminuir a circulação de pessoas e o risco de contágio. A questão é que, com esse isolamento em casa, caiu muito a prática de atividades físicas! Pessoas de diferentes idades passaram a ficar sedentárias, quer dizer, deixaram de se exercitar, e as crianças estão incluídas nesse grupo. Com a diminuição dos exercícios, muitos meninos e meninas passaram inclusive a usar mais aparelhos digitais em casa, o que não é nada bom se o uso for exagerado.
O ideal é que crianças e adolescentes façam ao menos 60 minutos por dia de atividade física. Atividades de fazer mexer “o esqueleto”, ou seja, todo o corpo, incluindo os músculos e as articulações! Mas, dentro de casa, atender a essas recomendações de prática de atividades físicas tem sido um baita desafio.
Se esse é seu caso, aí vai uma dica: é possível aumentar as atividades que podem ser praticadas em casa com brincadeiras como bambolê, cabra-cega, amarelinha, pular corda, caminhar sobre corda no chão, cabo de guerra… Alguns jogos comuns da hora do recreio também podem ser feitos em ambientes fechados. Quer exemplos? Brincar de esconder e procurar, pular, construir uma pista de obstáculos, jogar vôlei de balão ou aprender a fazer malabarismos.
A lista é grande. Só não pode ter preguiça! E, se você for praticar exercícios físicos em parques, pracinhas e condomínios, não se esqueça das medidas de precaução. Vale sempre lembrar: lavagem constante das mãos com sabão, uso do álcool em gel, distanciamento de outras pessoas e evitar aglomerações. Sabemos que a vontade de voltar às atividades que fazíamos antes da pandemia é grande, mas precisamos manter os cuidados até poderemos voltar a sair normalmente.
Ricardo do Rêgo Barros
Grupo de Trabalho de Atividade Física
Sociedade Brasileira de Pediatria
Matéria publicada em 28.07.2021
Arthur Garibald Bezerra Feitosa
Olá CHC meu nome é Arthur Garibald me interessei muito pela matéria pois no muito o mundo dos esportes, e pra mim é triste ver alguns eventos sendo adiados por conta do COVID-19, e também, gostei muito de descobrir sobre a necessidade do exercício infantil.