Você deve ter lido nesta edição o texto sobre as escolas de samba mirins. Elas são muito famosas no Rio de Janeiro, mas existem também em outros estados do Brasil e até na Argentina! Em Belém do Pará, por exemplo, temos a Frutos do Xequerê. Em São Paulo, são famosas as escolas Novinhos de Julho, Os Herdeiros do Dragão Imperial, Vila do Amanhã, Nascente da Águas Claras, além de O Pequeno Cisne (da cidade de Bragança Paulista) e a Escola de Samba Mirim Flor do Itapeti (de Mogi das Cruzes). No Sul do país, as crianças também mostram samba no pé desfilando nas escolas de samba mirins Ramirinho, Mocidade do Simões Lopes, Águia de Ouro, Princesa Isabel, Brilho do Sol, Mocidade do Obelisco, Explosão do Futuro, Acadêmicos da Lagoa, Moleques de Alvorada, Unidos da Intersul, Algarve do Futuro e Estrela do Umbu. Na Argentina, em uma cidade que faz fronteira com o Brasil, Paso de los Libres, os Curumbecitos e Zumzunitos também são escolas de samba mirins que alegram o carnaval.
Carla Lopes
Observatório do Carnaval
Laboratório de Estudos de Discurso, Imagem e Som (Labedis)
Museu Nacional
Universidade Federal do Rio de Janeiro
O maior ecossistema do nosso planeta se chama mar profundo, que pode ser considerado um mundo a ser descoberto no fundo do oceano. Com base no que a ciência já revelou, hoje sabemos que, se fosse possível, por exemplo, retirar toda a água do oceano, veríamos que o mar profundo é composto por diferentes paisagens, tal como vemos nos continentes. Há montanhas, planícies e grandes abismos, além de seres vivos diferentes de tudo que a gente conhece.
A maior parte do mar profundo é plana e fica a, aproximadamente, 6 mil metros de profundidade, e essas regiões se estendem por milhões de quilômetros quadrados. Porém, nos locais onde ocorrem os encontros das placas tectônicas – das grandes placas de rocha que se encaixam recobrindo toda a superfície da Terra – são formadas fendas enormes, que podem descer até 11 mil metros de profundidade.
Tássia Biazon
Cátedra Unesco para Sustentabilidade do Oceano
Universidade de São Paulo
Rede Ressoa Oceano
Animais detritívoros são os que se alimentam de matéria orgânica morta. Urubus, hienas e até as minhocas fazem parte desse grupo. De forma geral, animais detritívoros não caçam, mas buscam seu alimento usando sentidos aguçados. Os urubus, por exemplo, se alimentam essencialmente de animais mortos, preferencialmente frescos, que encontram usando a visão ou o olfato. Porém, às vezes podem capturar um pequeno lagartinho dando bobeira e que não exija muito esforço! Já as hienas são excelentes caçadoras, inclusive mais eficientes que os leões. Caçando sozinhas ou em grupo, podem abater desde filhotes de elefantes a búfalos adultos. Mas não desperdiçam um banquete de carcaças em putrefação, ingerindo até mesmo os ossos…
Por fim, as minhocas conseguem alimento à medida que escavam túneis subterrâneos e ingerem restos animais e vegetais. Esses animais têm importante papel ecológico, pois reciclam os nutrientes e os devolvem à cadeia alimentar, além de manterem o ambiente limpo, evitando a proliferação de organismos capazes de causar e disseminar doenças.
Maria Clara do Nascimento
Departamento de Zoologia
Universidade Federal de Minas Gerais
Na cartografia, a escala é uma medida de proporção, ou seja, uma comparação de duas grandezas: a do mundo real e a da representação no desenho. Em nosso dia a dia, as escalas são usadas para reduzir ou ampliar algo. Daí, é necessário saber a unidade de medida do real e a quantidade de vezes que esse real foi reduzido ou ampliado para resultar no que está sendo representado. Se pensarmos na Terra, por exemplo, como observar todos os continentes e respectivos países sem reduzir? Por outro lado, como poderíamos identificar todas as partes de um vírus sem ampliar?
Carla Madureira Cruz
Departamento de Geografia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Matéria publicada em 01.03.2024