Histórias de uma coisa que todo mundo faz

Você pode estar em casa, na maior tranquilidade, quando bate a vontade. Pode também estar na escola e ficar meio com vergonha de saberem que foi você quem fez. Pode ainda estar na rua e ter de correr para achar um lugar onde possa fazer. Sim, estamos falando de cocô (ou fezes, para soar mais delicado), coisa que todo mundo faz, seja humano ou outro animal. À primeira vista, o assunto pode parecer um tanto nojento. Mas, pode apostar, que é muito, muito interessante!

Vamos começar pelo significado da palavra ‘fezes’, que tem origem do latim faex e se referia à ‘borra do vinho que se depositava nos recipientes após a fermentação’. Dessa origem surpreendente, ‘fezes’ passou a significar tudo aquilo que é jogado fora, excretado e, portanto, desprezível e impuro. Mas o simples e popular cocô possui outros significados: biológico, médico, histórico, econômico… Então, deixe de lado o preconceito e vamos conferir algumas curiosidades sobre o cocô.

Ilustração Walter Vasconcelos

As fezes estão longe de serem somente os restos de uma refeição, uma simples eliminação daquilo que os animais consumiram, mas não aproveitaram. Elas são uma parte importante da história natural dos seres vivos e têm servido como fonte alternativa de energia e até de inspiração artística. Acredite! Através das fezes podemos identificar o hábito alimentar dos animais, contar inúmeras histórias e entender a natureza.

A ciência que estuda as fezes é a coprologia. Quem faz medicina, biologia e paleontologia também pode estudar as fezes. Na medicina, por exemplo, as fezes podem confirmar ou prever certas doenças, especialmente aquelas decorrentes das parasitas (os vermes!) – por isso existe o exame de fezes.

Neuza Rejane Wille Lima
Suzete Araujo de Oliveira Gomes
Luiz Mors Cabral

Luiz Antônio Botelho Andrade
Helena Rodrigues Lopes e
Otílio Machado Pereira Bastos

Instituto de Biologia e Instituto Biomédico, Universidade Federal Fluminense.

Matéria publicada em 16.08.2019

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