É só um morro? Uma montanha? Não, é o sambaqui de Itaipu!

Fotos Acervo Museu de Arqueologia de Itaipu

Tem gente que coleciona figurinhas. Ou brinquedos. Ou até conchinhas da praia! Mas se alguém pegasse todas essas coleções e as juntasse em uma grande pilha, misturada a terra? Uma pilha alta e estranha, um morro que reunisse os objetos mais usados e queridos? Existem lugares assim! Não com montes de figurinhas e brinquedos… Mas morros com aglomerados de conchas, pedras e outros objetos deixados por povos que moraram em nosso território há muuuito tempo! Esses lugares são chamados… sambaquis! 

Apesar do “samba” no nome, esses lugares não têm nada a ver com a dança ou a música. Têm a ver com história! O nome “sambaqui” foi uma herança indígena. Em língua tupi, significa “amontoado de conchas”. Mas não há só conchas nos sambaquis. Esses morros guardam verdadeiros tesouros, como pontas de flechas, pedras polidas, restos de fogueiras, espinhas de peixe e até ossadas humanas! São objetos que ajudam a contar quem foram e como viviam os povos que ocuparam nosso litoral bem antes dos indígenas e, claro, da chegada dos portugueses ao Brasil. Estamos falando de povos que viveram por aqui há cerca de 8 mil anos!

Os sambaquis existem em vários lugares do litoral do Brasil. E em outras regiões do mundo também. Já foram encontrados sambaquis no Chile, Canadá, Estados Unidos, Noruega e Japão. No Brasil, um dos sambaquis mais famosos fica em Itaipu, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. É o sambaqui Duna Grande!

 

Eunice Batista Laroque,
Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI),
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). 

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