Uma vez estava em Passa Quatro, em Minas Gerais, numa reunião de astrônomos. Em encontros científicos como este, costumo aproveitar também as madrugadas para rever amigos e conversar. Assim passei uma noite inteirinha conversando com estudantes que estavam hospedados numa das extremidades da cidade, quase já na zona rural dela. De repente, reparei que a poluição luminosa (que acontece quando a luzes da cidade não deixam a gente observar o céu noturno) era muito baixa e o céu era esplendoroso! Quantas estrelas a poluição esconde…
De cara, identifiquei a constelação de Touro. Grandiosa com seu desenho imediatamente reconhecível. Vi ainda, pela primeira vez, a Galáxia de Andrômeda, o objeto mais distante que se pode ver a olho nu. É uma visão fascinante, por ser uma coisa esponjosa e não um ponto contínuo!
Jaime Fernando Villas da Rocha,
Departamento de Física,
Instituto de Biociências,
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Membro do Interdisciplinary Center for the Unknown
Sou astrônomo e, claro, um apaixonado pelos astros – a começar pelo planeta em que vivemos. Este espaço fala de como vemos o Espaço, incluindo a Terra.
Matéria publicada em 12.08.2020
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