Pare e pense no nome desta coluna: De olho no Espaço. Você sabia que olhar para o Espaço é algo que faz parte do dia a dia da humanidade desde sempre? Mesmo antes de sermos a espécie que somos hoje, já admirávamos os astros! Mas, com o tempo, esse “olhar” mudou, ou melhor, ele ficou mais amplo, ficou ainda mais curioso.
No início, nossos ancestrais observavam o céu a olho nu e percebiam as mudanças entre os dias e as noites e entre as estações do ano. Eles também observavam as estrelas e pintavam constelações nas paredes das cavernas.
Uma grande mudança aconteceu quando o cientista italiano Galileu Galilei resolveu apontar pela primeira vez uma luneta para o céu, em 1609. A luneta é um instrumento com lentes que aumentam o tamanho de objetos que estão muito distantes de nós. Com a luneta, conseguimos ver o céu como nunca tínhamos visto antes. Esse instrumento usado por Galileu para ver o céu ficou conhecido como telescópio e se tornou o maior símbolo da astronomia. Não é à toa que 2009 foi escolhido para ser o Ano Internacional da Astronomia, para comemorar os 400 anos do uso do telescópio.
No século 19, a humanidade conseguiu realizar algo considerado impossível naquela época: dizer do que são feitas as estrelas! Como? Aprendemos a identificar a assinatura deixada por elementos químicos presentes na luz, por meio do estudo de um fenômeno que chamamos de decomposição da luz, que acontece quando a luz branca se divide em várias cores, como vemos num arco-íris. Estudando as várias partes da luz, também aprendemos que podíamos dizer quanto uma estrela roda sobre ela mesma, qual a sua temperatura, qual a sua gravidade, se ela está se aproximando ou se afastando da gente…
Estudando um pouco mais, aprendemos que a luz tem muitas outras partes além das cores que podemos ver. A faixa da luz correspondente às cores – que ficou conhecida como “faixa do visível” – é uma fração muito pequena da luz como um todo!
Aprendemos também que a atmosfera da Terra deixa passar duas faixas da luz: a visível e as ondas de rádio. Essa foi a grande novidade do século passado: passamos a “ouvir” as estrelas por meio das ondas de rádio que elas emitem. Assim, foi criada a Rádio-Astronomia, e as antenas que captam essas ondas de rádio passaram a ser outro símbolo da atividade de um astrônomo.
Para finalizar, neste século inauguramos outra forma de olhar para o céu: criamos equipamentos muito sensíveis, capazes de detectar ondas gravitacionais! As ondas gravitacionais viajam na mesma velocidade que a luz, mas são muito fracas. Por isso precisamos de aparelhos muito refinados. Esperamos que, no futuro, possamos pesquisar ainda mais sobre o Universo com a ajuda dessa descoberta. Mas isso já é assunto para outra coluna.
Jaime Fernando Villas da Rocha
Departamento de Física (DFIS)
Instituto de Biociências,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sou astrônomo com diploma e tudo! E um apaixonado pelos astros, a começar pelo planeta em que vivemos. Este espaço fala de como vemos o Espaço, incluindo a Terra.
Matéria publicada em 05.10.2018
Os fósseis de cocô são achados valiosos para a paleontologia. Venha ler e descobrir o porquê!
Como não abrir um pouco mais os olhos ou aguçar a audição diante de uma imagem ou de um assunto que gire em torno de dinossauros? Esses répteis terríveis – pelo menos no que diz respeito à origem do nome Dinosauria, que é a junção dos termos da língua grega deinos = terrível + sauros = lagarto – são fascinantes, especialmente para as crianças, que sempre os imaginam como seres de tamanho gigante! Mas será mesmo todos os dinossauros eram grandalhões? Não sei não...
Anna Elise
Gostei bastante do texto!
Publicado em 22 de dezembro de 2018
BRAYAN
GOSTAMOS MUITO
Publicado em 23 de novembro de 2020
Arthur Gabriel Gonzalez
Boas informações
Publicado em 1 de março de 2021