Mundo de curiosidades

Lua de dia?!

A Lua é o satélite natural da Terra, e leva cerca de 29 dias para dar uma volta completa em torno do nosso planeta. Durante seu percurso, o formato que vemos no céu vai mudando, e esses formatos são conhecidos como fases da Lua – Nova, Quarto Crescente, Cheia e Quarto Minguante. 

Mas, na verdade, a Lua apresenta uma fase a cada dia: conforme ela faz sua trajetória ao redor da Terra, a depender de sua posição, vemos uma determinada forma. Mas como podemos ver a Lua durante o dia? Isso acontece durante as fases minguante e crescente: na primeira, a Lua só aparece à nossa vista pela manhã e, na segunda, pela tarde. Isso acontece devido à posição relativa nessas fases entre a Terra, o Sol e a Lua, que reflete a luz do Sol e se torna visível também durante o dia para nós aqui na Terra!

Vera Ap. F. Martin
Departamento de Física
Observatório Astronômico Antares
Universidade Estadual de Feira de Santana

Dinossauros tinham escamas ou penas?

Os dinossauros sempre foram classificados como um grupo de répteis que desapareceram para sempre há mais de 66 milhões de anos. Sendo classificados como répteis, nada mais adequado do que imaginá-los como os que vivem atualmente, que têm o corpo recoberto por escamas, certo? Mais ou menos…

As descobertas de fósseis de dinossauros com plumas e penas, em rochas do Jurássico e do Cretáceo da China, provocaram uma verdadeira revolução no que se supunha saber sobre esses animais! Há, pelo menos, um grupo de dinossauros que se assemelhava muito às aves atuais. Os chamados ‘dino-aves’, tinham o corpo recoberto por plumas e escamas, e em nada se assemelhavam a um lagarto ou crocodilo atual. 

Já os titanossauros, por exemplo, que foram comuns no Brasil há 90 milhões de anos, apresentavam um tipo de escama bem grossa e pesada, chamada osteodermo. Isso quer dizer que alguns dinossauros tinham penas e outros tinham escamas. E todos foram animais incríveis, que deixaram seu registro para sempre na história da vida na Terra.

Ismar de Souza Carvalho
Instituto de Geociências
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Asas coloridas? Como?

Foto Komal G/Unsplash

Uma das características mais marcantes das borboletas são suas asas intensamente coloridas e delicadas. Mas de onde vêm essas cores e desenhos diversos? Os inúmeros desenhos e cores diferentes das asas desses insetos são percebidos pelos seres humanos porque as asas são cobertas por escamas microscópicas. Essas estruturas são milimetricamente organizadas nas asas e, ao entrarem em contato com a luz, lhes dão cores vibrantes. A explicação para essa explosão de cores está em um fenômeno físico: a decomposição da luz. Quando a luz branca atravessa as plaquinhas, dependendo da direção, o olho humano detecta uma ou mais cores diferentes. O resultado é a beleza que apreciamos nas leves asas desses incríveis insetos.

Caique Dantas Vasconcelos
Eraldo Medeiros Costa Neto
Elmo Borges de Azevedo Koch
Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução
Universidade Estadual de Feira de Santana

Onde não há vida?

Ilustrações Walter Vasconcelos

Sabia que tão difícil quanto encontrar vida fora da Terra é encontrar algum lugar na superfície do nosso planeta que não tenha vida? Só que, em 2018, um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e do Canadá resolveu explorar o solo ao longo de uma cadeia de montanhas na Antártida e encontraram os primeiros pontos conhecidos da superfície terrestre sem qualquer sinal de vida.

Na verdade, havia microrganismos na maior parte das mais de 200 amostras de solo investigadas. Mas, em algumas porções das regiões mais altas, onde o frio é ainda mais severo, o solo é mais seco e tem maior concentração de sais, nenhum sinal de vida microbiana foi detectado, mesmo com o uso de diferentes e modernas técnicas de procura por microrganismos. Parece que a combinação dessas diferentes condições extremas, persistindo por tantos anos naquele local, impediu que os microrganismos que eventualmente chegassem ali pelo vento sobrevivessem.

Vinícius São Pedro
Centro de Ciências da Natureza
Universidade Federal de São Carlos

Matéria publicada em 02.09.2024

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