O telescópio é um instrumento que, com lentes e a ajuda da luz, enxerga muito além do que nossos olhos poderiam observar. Há modelos que são equipados com câmeras e lançados ao espaço para enviar à Terra imagens do nosso próprio planeta e do Sistema Solar. Nesta categoria, está o Hubble, um dos mais famosos telescópios do mundo, que, em 2025, completa 35 anos de uma vida cheia de descobertas incríveis!
Se você já tentou observar a Lua e as estrelas usando um telescópio doméstico ou fez isso de algum observatório espacial da sua cidade, provavelmente se deparou com um dos maiores problemas para quem quer fazer uma boa observação astronômica: a atmosfera terrestre. Não é raro um evento de observação ser cancelado por problemas de visibilidade, principalmente nas grandes cidades, onde a poluição luminosa, ou seja, a iluminação demasiada, atrapalha a visão. Mas essa não foi só uma impressão sua…
Em 1946, o astrofísico estadunidense Lyman Spitzer destacou as vantagens que um telescópio em órbita terrestre teria. Explicou que, fora da atmosfera, o instrumento estaria livre de efeitos de fenômenos atmosféricos, como deformações e alterações, fornecendo observações muito mais precisas do Universo. Olha que ele disse isso antes do primeiro satélite artificial, o Sputnik, ser lançado, em 1958!
E não é que quase 50 anos depois o sonho de Spitzer foi realizado? O cientista estava com 76 anos de idade, quando, em 24 de abril de 1990, foi lançada a missão que colocou o Telescópio Espacial Hubble em órbita da Terra. Seu nome é uma homenagem ao astrônomo estadunidense Edwin Hubble, que foi responsável por diversas descobertas na astronomia, como a comprovação de que existem outras galáxias além da nossa, a Via Láctea.
Rumo ao espaço, de ônibus…
Com seus 13 metros de comprimento e quase cinco metros de largura, pesando quase 11 toneladas, o telescópio foi ao espaço apertadinho dentro da Discovery, um ônibus espacial, isto é, uma nave projetada para transportar equipamentos e astronautas para o espaço.
O Hubble foi projetado para orbitar a Terra a cerca de 540 quilômetros de altitude, completando uma volta em aproximadamente 95 minutos, e ser capaz de obter imagens com nitidez dez vezes maior do que telescópios equivalentes no solo. Outra vantagem de estar fora da atmosfera é a observação de outros tipos de luz que não a visível. Pois é! O Hubble, com seus vários instrumentos, capta imagens no espectro visível (da forma como nós enxergamos) e também nos espectros ultravioleta e infravermelho, o que significa que ele consegue enxergar a luz de objetos que não conseguimos observar.
Davi Luiz do prado
legal
Eder Molina
Fico feliz que você tenha gostado, Davi! 🙂
Abraços
Eder