Ilustração Jaca

Sabia que o skate foi inventado na década de 1960 por surfistas americanos? Os praticantes de surf da Califórnia, nos Estados Unidos, durante uma época de poucas ondas no mar, resolveram tirar as rodas de patins e pregar numa tábua de madeira para brincar de fazer manobras em algumas piscinas vazias!

Com o passar do tempo, o que começou como brincadeira virou um novo esporte, que ganhou o mundo e se tornou até esporte olímpico. A estreia aconteceu nas Olimpíadas de Tóquio 2020, realizadas em 2021 por causa da pandemia de covid-19, e os skatistas brasileiros conquistaram três medalhas.

Há algumas categorias dentro da prática do skate, mas as competições oficiais são duas: Street (circuito com obstáculos) e Half Pipe (rampa em formato de “U”). Professora de skate, Maria Luiza Borges conta como esse esporte é apaixonante. No caso dela, a vocação veio de família: “Comecei a andar [de skate] com 13 anos. Eu passei a praticar por causa do meu primo, que já andava há algum tempo e me mostrava alguns vídeos dele. Achei muito bacana. De início era muito complicado, porque não tinha muitas meninas para andar, chegava a desanimar. Mas hoje em dia é diferente. Já ando de skate há bastante tempo e consigo incentivar muitas outras meninas a conhecerem o esporte”, conta.

O skate é classificado como um “esporte radical”, mas pode ser praticado com segurança até por quem está começando. “Quando a gente começa a andar de skate, para não termos muito medo de fazer as manobras, acho que o capacete é ideal, pois protege a cabeça. Joelheiras e cotoveleiras também são acessórios muito bons. Acho que esses três equipamentos são os essenciais para você começar sem medo e para cair e não se machucar”, indica a professora Maria Luiza.

E quais serão as partes do corpo humano que mais são exigidas nesse esporte? O fisioterapeuta esportivo Luan Diniz conta para a gente: “O atleta que se propõe a praticar essa modalidade tem que ter em mente que é um esporte com muita mudança de direção, e que nem sempre você estará em contato com o solo, já que existem movimentos aéreos de manobras. A musculatura mais exigida nesse tipo de esporte é de membro inferior (principalmente quando você vai gerar os impulsos): a musculatura proximal de coxa, quadríceps (parte da frente da coxa) e musculatura glútea (bumbum), quando você vai aterrissar para gerar estabilização nos movimentos”, explica.

Luan aproveita também para lembrar que a boa alimentação é fundamental para quem quiser se transformar em um/uma skatista de sucesso. “Não pode estar muito acima do peso. Se essa pessoa for muito ‘pesada’, mesmo sendo musculosa, tendo um percentual de gordura baixo, ela terá dificuldades de fazer algumas manobras. Precisa ter um corpo um pouco mais magro, mais leve. Saber otimizar o máximo da biomecânica, a eficiência dos movimentos. A dica é beber bastante líquido, comer frutas e diminuir a ingestão de carboidratos”, aconselha.

 

Cathia Abreu,
Instituto Ciência Hoje.

Matéria publicada em 02.09.2021

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