*Conto de origem africana
*Conto de origem africana
Curiosamente, aquele jabuti andava depressa. Mas era descuidado. Caminhando sobre as folhas caídas no chão na floresta, não viu um buraco e – ploft! – foi parar lá no fundo. Por sorte, seu casco o protegeu da queda e ele não se machucou. Enquanto espanava a poeira do corpo, suspeitou que aquele não era um buraco qualquer, e tinha razão. Era uma armadilha feita por caçadores.
O jabuti ficou desesperado. Suas patinhas curtas não facilitavam a escalada e ele se deu conta de que estava mesmo preso no buraco. A noite caía, veio a escuridão e com ela o medo de virar comida de caçador.
– E agora? Quem vai me ajudar? – pensou alto o jabuti. Tão alto que, mal terminou a frase e… – ploft! –, um leopardo caiu no mesmo buraco.
Ainda meio tonto com a poeira levantada pelo felino na queda, o jabuti passou suas curtas patinhas nos olhos e viu que não estava sonhando. Era um leopardo mesmo, dos grandes! Seu desespero agora era duplo: estava preso no buraco e tinha a companhia de um leopardo que poderia devorá-lo a qualquer momento.
– Pensa, pensa, pensa… – repetia mentalmente o jabuti.
Que nervoso! Não lhe ocorria nada muito genial. Com o leopardo olhando fixamente na sua direção, o jabuti resolveu gritar, falar alto, irritado, com a raiva de quem tem muita coragem, embora fosse puro medo por dentro.
– O que é isso? O que é isso? Como você, leopardo, ousa invadir o meu território? Será que um jabuti não pode ter um minuto de privacidade que logo um bicho sem permissão invade a sua toca? O que você está fazendo aqui sem pedir licença? – berrava o jabuti, disfarçando a tremedeira.
O leopardo parecia atordoado, não entendia direito o que estava acontecendo. O jabuti percebeu que seu chilique era convincente e continuou:
– Não vou admitir que leopardo nenhum venha aqui, na minha casa, atrapalhar o meu descanso. Ponha-se daqui para fora agora mesmo – arriscou o jabuti, fazendo a cara mais feia que tinha para um momento de terror.
Ao que tudo indica, leopardos não gostam de receber ordens. Sem paciência, o felino agarrou o jabuti pelo casco e o arremessou para fora do buraco.
Empoeirado, aliviado e feliz, o jabuti apertou o passo, correu o mais depressa que pôde e foi para a sua verdadeira toca na floresta.
Às vezes, a gente tira coragem de onde nem imagina.
Matéria publicada em 30.04.2024
bruno e arthur 5 d
ola tudo bom gostei muito bom esse poema
Publicado em 3 de maio de 2024
Laura
Foi muito legal
Publicado em 7 de maio de 2024
miguel 3 b
meu nome num é assim não
kkkkkkkkkkkkk
Publicado em 7 de maio de 2024
miguel 3 b
eu em jabuti corajoso
HAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!
amei foi muito top a história
Publicado em 7 de maio de 2024