Nós usamos as mãos para pegar coisas, digitar no computador, atender o celular e um monte de outras atividades. Por isso, você pode imaginar como é difícil a adaptação de alguém que perde a mão, por exemplo, em um acidente. Graças aos esforços de cientistas, porém, essa situação pode ficar um pouco mais fácil.
Vários estudos trabalham no desenvolvimento de membros mecânicos que possam ser controlados apenas pelo pensamento. O engenheiro biomédico Silvestro Micera, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, é responsável por um deles: ele desenvolveu uma mão biônica que pode ser ligada aos nervos do braço.
Como você já viu na CHC, os nervos são responsáveis por enviar para os nossos membros os comandos do cérebro. Assim, quando o paciente pensar no movimento que deseja fazer, os sinais transmitidos pelo cérebro serão enviados pelos nervos e captados pela máquina, que os transformará em movimento. A prótese também faz com que o paciente tenha a sensação de tocar os objetos, graças à presença de sensores nos dedos e na palma da mão artificial.
Confira, no vídeo, uma versão anterior da prótese em ação:
Ao sentir o toque, o paciente terá mais facilidade de controlar a prótese. “Quando pegar algum objeto, por exemplo, ele vai saber quando deve parar de apertar”, conta Silvestro. “Espero que nosso experimento inaugure uma nova era no campo das próteses, abrindo caminho para tecnologias cada vez mais eficientes”.
Até agora, as outras mãos mecânicas já desenvolvidas precisavam de eletrodos colocados no cérebro do paciente para funcionar. Dá para imaginar que não devia ser muito confortável! Por causa dessa complexidade, as demais próteses não chegaram a ser implantadas no corpo das pessoas; foram controladas apenas à distância (como no vídeo). Já a nova mão biônica, que poderá ser usada o tempo todo, deve ser implantada em um paciente ainda este ano como teste. Se tudo der certo, quem sabe ela não estará disponível para muitas outras pessoas no futuro?