Novos vizinhos

Será que estamos sozinhos no Universo? Essa questão intriga os cientistas há tempos. Mas a possibilidade de um dia encontrarmos vida em um mundo distante parece cada vez mais real – afinal, novos planetas não param de ser identificados! Desta vez foram oito, sendo dois deles bem parecidos com a Terra e, por isso, possíveis candidatos a abrigar vida.

O grande responsável por encontrar novos exoplanetas, ou seja, planetas localizados fora do Sistema Solar, é o telescópio espacial Kepler. Entre suas descobertas recentes estão Kepler-438b e Kepler-442b, que orbitam dentro da zona habitável de suas estrelas, menores e mais frias que o Sol.

Dos oito exoplanetas recém-descobertos, Kepler-438b e Kepler-442b possuem algumas das condições básicas para a existência de vida. (Imagem: NASA)

Dos oito exoplanetas recém-descobertos, Kepler-438b e Kepler-442b possuem algumas das condições básicas para a existência de vida. (Imagem: NASA)

“Estar na zona habitável não quer dizer que existe vida lá, só mostra que eles estão a uma distância ideal de seus sóis para que tenham água em estado líquido, uma condição necessária para vida”, explica Eder Molina, geofísico do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. “Outro requisito é o tamanho: se forem astros muito maiores que a Terra, ‘gigantes gasosos’, sua atmosfera será muito densa e com muito hidrogênio e hélio, impedindo a vida.”

Outro ponto para os dois novos planetinhas: eles têm tamanho parecido com o da Terra e grande probabilidade de serem rochosos. “Isso os torna especiais entre os exoplanetas conhecidos, mas esses fatores correspondem a apenas duas entre as numerosas condições básicas para a existência da vida como a conhecemos”, ressalta Eder.

Muitos outros mundos
Antes do Kepler-438b e do Kepler-442b, apenas um planeta similar à Terra dentro de uma zona habitável havia sido identificado. Mas deve haver mais: o Kepler estuda uma faixa pequena do céu e só identifica planetas que passam na frente de estrelas bem na direção em que ele enxerga. “É possível que existam muitos mundos apenas nessa região que o Kepler não vê, vários em zonas habitáveis”, avalia o geofísico. “Não seria de espantar se surgissem evidências de vida em algum deles, mas isso ainda pode demorar…”

Com os oito novos astros identificados, o Kepler atingiu a marca de mil exoplanetas encontrados. Porém, existem cerca de quatro mil achados em potencial, que ainda precisam ser estudados e confirmados. Será que um dia chegaremos a algum desses lugares? E será que, de lá, alguém nos observa nesse momento, perguntando se seria possível existir vida naquele pálido pontinho azul do Universo?

Matéria publicada em 14.01.2015

COMENTÁRIOS

  • Izadora motta serrão peixoto

    no pálido ponto azul fica a terra ou Netuno
    e uma dúvida que eu tenho desde que eu fiquei sabendo dessa noticia
    CHC você poderia me ajudar a tirar essa dúvida por favor

    Publicado em 27 de agosto de 2020 Responder

  • Izadora motta

    no pálido ponto azul fica a terra ou Netuno
    e uma dúvida que eu tenho desde que eu fiquei sabendo dessa noticia
    CHC você poderia me ajudar a tirar essa dúvida por favor

    Publicado em 27 de agosto de 2020 Responder

  • Remilda

    Qual é a questão q intriga os cientistas

    Publicado em 27 de agosto de 2021 Responder

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Marcelo-Garcia

Sou um curioso apaixonado por ciência e adoro quadrinhos e ficção científica. Quase virei cientista, mas preferi me dedicar a mostrar pra todo mundo que a ciência está em tudo ao nosso redor!

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