Dia desses, a Diná chegou à redação mostrando uma flor de papel toda cheia de brilhos. “Olha que linda”, ela disse. Mas o Zíper não se impressionou: foi logo dizendo que a flor artificial mais legal que ele já viu era tão pequena que precisava ser observada com a ajuda de um microscópio…
Diferentemente da flor de papel da nossa mascote mais charmosa, a nanoflor de que o zangão falava foi criada por pesquisadores dos Estados Unidos e da China e não é uma obra de arte, mas sim uma tecnologia criada para melhorar o aproveitamento da energia solar.
A nanoflor é formada por diversas camadas muito finas de sulfeto de germânio, um composto capaz de absorver a luz solar em grande quantidade. Cada camada forma uma pétala, e cada pétala tem de 20 a 30 nanômetros de espessura, ou seja, é três mil vezes mais fina que um fio de cabelo!
Para produzir a nanoflor, os pesquisadores aqueceram sulfeto de germânio em pó, que se transformou em vapor. Ao ser resfriado, o vapor formou camadas que se distribuíram em forma de flor. Mas não pense que isso serviu apenas para embelezar a tecnologia. “O formato de flor aumenta a superfície de contato do sulfeto de germânio com o Sol, aumentando a captação de luz solar”, explica o engenheiro Chun Li, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Além de ser muito bonita, a nanoflor traz muitas vantagens para o aproveitamento da luz solar. Chun Li explica que o sulfeto de germânio está presente em grande quantidade na natureza e, além de não ser tóxico, é muito mais barato do que os materiais usados para produzir as atuais placas coletoras de luz solar. “Essas características tornam o uso da nanoflor para produção de energia mais viável e seguro”, completa o pesquisador.