Quando crescer, vou ser… carcinólogo/a!

Ilustração Bruna Assis Brasil

A profissão que vamos apresentar agora é mais uma daquelas que você, provavelmente, nunca ouviu falar. Mas, ao final da leitura, pode acontecer de você ter descoberto o que quer ser quando crescer. Estamos falando do carcinólogo – ou carcinóloga –, conhece?

Apesar do nome diferente, o objeto de trabalho desses(as) profissionais não é nada de outro mundo. Eles(as) são especialistas em… crustáceos! Isso mesmo, estudam caranguejos, siris, camarões, lagostas e muitos outros invertebrados do grupo dos artrópodes, que vivem principalmente em ambientes marinhos. 

Pode não parecer, mas eles são muitos! Não só em quantidade, mas também em variedade. Existem nada menos do que 52 mil espécies de crustáceos! Acredita?

Imagine, então, que é preciso muito estudo para se tornar um especialista. Mas o trabalho pode ser tão legal a ponto de se confundir um pouco com diversão. Quem nos guia para dentro desse mundo é a professora Tammy Iwasa Arai, do Laboratório de Interações entre Comunidades Marinhas da Universidade Estadual de Campinas.

“O estudo dos crustáceos é bastante amplo, desde a descoberta de novas espécies, passando pelo comportamento, genética, desenvolvimento… Se você gosta de encontrar na praia aquele bichinho que chamam de corrupto ou tatuíra; ou caranguejo no mangue… Se gosta de assistir ao Sebastião, de A Pequena Sereia, que é um desenho animado clássico, ou até comer um camarãozinho frito, talvez essa seja a profissão pra você!”, conta. 

Parte do trabalho do(a) carcinólogo(a) acontece debaixo d’água. Pelo menos para a maioria dos pesquisadores. Afinal, é onde se encontram mais facilmente esses animais no hábitat natural. Mas não se preocupe, também tem espaço para quem não sabe nadar.

“O ideal é gostar de água. Mas, mesmo se você não souber nadar, ou não gostar de pegar nos bichos, ou até mesmo tiver alergia a crustáceos, você ainda pode trabalhar com eles”, garante Tammy. Ela explica como: “Tem gente que cultiva camarões e siris, tem gente que só fica no laboratório, tem gente que mergulha pra ver os bichos no mar… Enfim, acredito que a única coisa que não pode faltar é curiosidade”.

Estudar, observar, perguntar, tentar responder e aprender com a experiência. Esse é o caminho a ser seguido não só por candidatos e candidatas a esta especialidade, mas por qualquer cientista. Ah, não pode faltar amor pela natureza! Afinal, alguns desses(as) profissionais trabalham diretamente com causas ambientais. Eles chegam a influenciar a criação de leis para preservar os bichinhos e os ambientes onde vivem. Demais, não é?!

E se você gosta de curiosidades, anote: também é tarefa do(a) carcinólogo(a) regular a época do ano e o local onde camarões podem ser pescados. Tudo para afetar o mínimo possível o ecossistema desses lugares. “O estudo dos crustáceos ajuda tanto economicamente quanto ecologicamente”, resume Tammy.

E aí, vai incluir essa opção na sua lista de possibilidades para quando crescer?

Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças

Matéria publicada em 30.09.2022

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