Quando crescer, vou ser… Agrônomo/a!

Ilustração Marco Carillo

Há milhares de anos, alguns dos primeiros grupos humanos que habitaram o nosso planeta mudaram radicalmente seu estilo de vida. Essa mudança está relacionada com uma atividade muito importante, presente até hoje entre nós. Já desconfia do que estamos falando? Ainda não?! Então, vamos continuar…

Durante um longo tempo da história, a espécie humana viveu sem habitação fixa, deslocando-se de um lado para o outro, em busca de locais com maior oferta de alimentos. Até então, homens e mulheres comiam somente aquilo que caçavam e coletavam. Em determinado momento da história, porém, os seres humanos descobriram que podiam plantar e colher. Nascia então a agricultura! E, com o cultivo da terra, a possibilidade de fixar moradia, criar animais… Mudou muita coisa!

O processo que começou lá atrás, na pré-história, foi se aperfeiçoando ao longo do tempo. Atualmente, a agricultura conta com técnicas específicas para o cultivo de plantas, usadas não apenas para nos alimentar, mas também na produção de medicamentos e até como matéria-prima para roupas, como acontece com o algodão. E o profissional que pesquisa e aprimora ainda mais essas técnicas é o agrônomo – ou a agrônoma!

Formado em engenharia agronômica pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e mestre em agricultura orgânica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, José Walace Monteiro conta que um dos principais objetivos desse profissional é melhorar a produção agrícola sem prejudicar a natureza.

“Uma das grandes missões de um engenheiro agrônomo é ajudar na redução dos impactos negativos sobre o meio ambiente, sempre buscando novas tecnologias e soluções ecológicas para um melhor aproveitamento da produção da lavoura”, explica ele. E completa: “Nossa maior contribuição para a sociedade é a produção de alimentos. Claro que quem produz é o agricultor. Mas nosso papel é dar apoio a esses agricultores, buscando e apresentando para eles novas tecnologias para ter uma produção de alimentos saudável, limpa e em
harmonia com a natureza”.

E o que é preciso para ser um bom agrônomo? Para o nosso entrevistado, uma das grandes virtudes de um agrônomo é estar atento a tudo à sua volta: “Um agrônomo precisa ser um bom observador. Precisa estar sempre atento às interações da lavoura com o meio natural, às relações com a natureza. Eu costumo dizer que somos médicos das plantas. E, como as plantas não falam, precisamos nos atentar aos sintomas e sinais. Tem que gostar muito da natureza e ter um bom olhar. É imprescindível ter uma boa escuta, estar sempre ouvindo o que os agricultores têm a dizer. Trocar informações. Esses elementos são fundamentais para desenvolver bem a profissão”. 

E aí? Essa profissão combina com você? Que tal começar a plantar as suas primeiras mudas?!

Guto Mariano
Jornalista
Especial para a Ciência Hoje das Crianças

Matéria publicada em 01.11.2022

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