Se existe uma coisa que todos precisamos é… comer! Tomar café da manhã, almoçar, jantar… diariamente dedicamos vários momentos à alimentação. Você sabe que o ambiente marinho é onde vivem diversas espécies – como algas, peixes, crustáceos – que vão parar no prato de muita gente pelo mundo afora. Mas será que podemos seguir pescando sem risco de o pescado acabar? A resposta é não.
Com a população humana se aproximando de 10 bilhões de habitantes, está ficando cada vez mais difícil obter alimentos no ambiente marinho. O principal problema é justamente a pesca excessiva, que não permite que os organismos recuperem naturalmente as quantidades na natureza. Tem também a poluição, que provoca a morte ou a contaminação do pescado, que deixa de ser apropriado para o consumo.
Mesmo com o aumento do número de pescadores, da quantidade de barcos, das horas em mar, a produção pesqueira não aumenta. Por quê? Porque os estoques pesqueiros – isto é, os grupos de organismos de uma mesma espécie – estão diminuindo. Por exemplo: se um estoque de atum não é pescado de maneira adequada, ou seja, em uma quantidade equilibrada, ele não volta a existir na mesma quantidade. Sem contar que também acontecem capturas ilegais – pois é, até os animais marinhos sofrem com os crimes ambientais!
As pessoas precisam saber que não se pode pescar o que quiser, quanto quiser, quando quiser e como quiser. E nós, consumidores, temos um papel importante nessa história. Primeiro, precisamos estar mais informados sobre o que comemos. Você sabia que muitas espécies de tubarões estão ameaçadas de extinção? O cação (sinônimo de tubarão), por exemplo, é uma espécie-chave para o funcionamento dos ecossistemas marinhos, porém sua carne é comercializada e consumida em grandes quantidades. Ele pode se tornar ameaçado de extinção. E o que a gente pode fazer? Não comprar. Afinal, se não houver quem compre, ele deixa de ser pescado e sua população pode voltar a crescer.
Em alguns países, existem iniciativas como a “Hora dos frutos do mar”, que é uma lista com os pescados mais apropriados para compra. Assim, os consumidores sabem as espécies mais indicadas para consumir e aquelas que devem ser evitadas porque correm algum risco de extinção ou porque estão na época de reprodução, por exemplo.
Se soubermos quais espécies evitar e a razão pela qual evitá-las, podemos fazer tanto a pescaria quanto o consumo com mais responsabilidade. Assim, teremos sempre pescados deliciosos e frescos sem prejudicar a natureza.
Tássia Biazon
Cátedra UNESCO para Sustentabilidade do Oceano
Universidade de São Paulo
June Dias
Instituto Oceanográfico
Universidade de São Paulo
Matéria publicada em 28.06.2022
Sophia de Jesus Silva
Olá, CHC!
Me chamo Sophia, tenho 12 anos e estudo no SESI 412, em Santos.
Achei muito interessante o artigo “Nem tudo que cai na rede é para comer” publicado em 28.06.2022. O artigo chama a atenção para a pesca excessiva que acontece diariamente no mundo.
Fiquei chocada com a grandiosa quantidade de tubarões que estão perto de sua extinção, até mesmo uma espécie tão importante para o ecossistema marinho está em risco, isso é muito deprimente.
É triste o quanto que nós humanos prejudicamos o meio ambiente, mas ainda podemos mudar isso, não é?
Sophia de Jesus Silva – Santos, SP.
Sophia de Jesus Silva
Olá, CHC!
Me chamo Sophia, tenho 12 anos e estudo no SESI 412, em Santos.
Achei muito interessante o artigo “Nem tudo que cai na rede é para comer” publicado em 28.06.2022. O artigo chama a atenção para a pesca excessiva que acontece diariamente no mundo.
Fiquei chocada com a grandiosa quantidade de tubarões que estão perto de sua extinção, até mesmo uma espécie tão importante para o ecossistema marinho está em risco, isso é muito deprimente.
É triste o quanto que nós humanos prejudicamos o meio ambiente, mas ainda podemos mudar isso, não é?
Alice Carvalho Souza
Eu achei a revista muito boa ?