Você já viu Procurando Nemo? E Espanta Tubarões? Moana eu aposto que já! A Pequena Sereia talvez tenha visto também. Todos esses desenhos animados contam histórias relacionadas com o fundo do mar e revelam a riqueza da fauna e da flora que existe debaixo d’água. Mas há tantos problemas ameaçando essa biodiversidade… Precisamos conhecê-los para saber trabalhar pela conservação marinha!
Podemos começar a lista das grandes ameaças ao oceano pela queima de combustíveis fósseis – como a gasolina, o óleo diesel e o carvão mineral –, que geram resíduos como o gás carbônico. O aumento da quantidade de gás carbônico no ar provoca o aumento da temperatura da Terra. As águas do oceano, claro, também se aquecem. O gás carbônico em excesso torna a água do mar mais ácida. Águas mais quentes e acidificadas são alguns dos efeitos das mudanças climáticas que fazem e farão grandes estragos no fundo do mar. E sabe o que é pior? Esses problemas estão se somando a outros que já existiam (poluição, pesca excessiva e destruição de habitats) e também estão aumentando.
Mergulhando em um exemplo, vamos encontrar recifes de corais, que morreram aparentemente pelo aumento da temperatura. Mas a verdade é que a morte dos corais já estava anunciada pela perda de qualidade do ambiente onde cresciam. Além da poluição – resultado da falta de tratamento do esgoto que é lançado no mar, do excesso de utilização de fertilizantes e agrotóxicos nas plantações e do desmatamento das florestas – os recifes têm sido impactados pelo pisoteio de turistas e pela pesca predatória. É como se cada problema fosse uma doença que vai minando a saúde dos corais. Aí, quando as águas se tornam mais quentes que o normal (como vimos no parágrafo anterior), os recifes de corais ficam mais doentes, perdem as algas microscópicas, que são suas aliadas na produção de alimento, com isso perdem a cor e acabam morrendo.
Estudos mostram que, assim como os corais, boa parte dos ecossistemas marinhos está caminhando na mesma direção. Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, o descaso com o tratamento de esgoto em conjunto com as mudanças climáticas causou a morte de milhares de animais e plantas marinhas no último verão.
Mas nem tudo está perdido. A ciência vem sugerindo soluções para sairmos dessa grande enrascada. A primeira sugestão é valorizar a educação: precisamos entender e espalhar informações que reforcem a gravidade do momento, a existência das mudanças climáticas e a necessidade de mudança de hábitos. A segunda sugestão está em exigir que as cidades tratem o esgoto, façam reciclagem dos resíduos e preservem sua fauna e flora. A terceira é um convite para lutarmos por formas alternativas de energia (com o uso do sol e dos ventos, por exemplo), abandonarmos o consumo em excesso (sempre podemos valorizar os três “erres”: Reduzir, Reutilizar ou Reciclar!) e os combustíveis fósseis, além de reduzirmos o desmatamento e o uso de agrotóxicos, valorizando alternativas para a produção de alimentos presentes nas agroflorestas.
Nenhum herói ou heroína virá salvar a Terra. Somos nós que temos de ter consciência das nossas ações e trabalhar para reconstruir os ambientes que perdemos, e isso inclui os ambientes marinhos! Se nada for feito, os benefícios e a beleza do oceano serão apenas lembranças e histórias em livros, filmes e desenhos animados.
Paulo Antunes Horta
Laboratório de Ficologia – Departamento de Botânica
Universidade Federal de Santa Catarina
Matéria publicada em 16.04.2021
Idenilce Borges
Vou ser uma cientista no futuro e claro vou estudar a vida marinha e vou fazer de tudo para preservar os oceanos♡
Iara
Amei está super errado isso as pessoas poluindo o mar a natureza nos temos e que cuidar do mundo que vivimos
Turma 4º ano B e professora Karine.
Olá CHC! Tudo bem?
Somos alunos da turma do 4º ano B da Escola Municipal Professor Hugo de Porto Vitória no Paraná.
Achamos muito interessante que depois de expor vários problemas da poluição do oceano, vocês nos deram várias soluções para mudar o mundo.
Gostamos também do jogo de palavras, como “Mergulhando em um exemplo”.
Muito obrigada, até a próxima edição.