*Folclore europeu
*Folclore europeu
Em terras bem distantes daqui, existe uma lenda em torno do arlequim, personagem raro nos carnavais de hoje em dia, mas muito conhecido nos bailes de máscara e noutras folias de antigamente.
O arlequim usa uma roupa feita de retalhos coloridos, geralmente em forma de balões. No rosto, carrega uma pintura bem feita. Na cabeça, tem um chapéu que reconhecemos como sendo de bobo da corte.
No teatro, o arlequim fazia graça para divertir a plateia nos intervalos das peças. No carnaval, de acordo com essa lenda, é uma figura que aparece e desaparece na multidão. Você já viu algum?
Pois dizem por aí que nem sempre o arlequim é uma pessoa fantasiada simplesmente. Trata-se de um ser mágico, que pode ficar invisível ou muito bem escondido. As pessoas só o veem se ele quiser. Portanto, se você já viu um, é porque foi escolhido pelo arlequim.
Nas ruas agitadas pela festa do carnaval, entre blocos, cortejos e muita música, ele também se diverte. Na verdade, o arlequim brinca com a imaginação dos foliões, que dançam e cantam ao seu lado, pensando ser ele mais um integrante da folia.
Assim aconteceu com Amelinha, quando brincava o carnaval com suas amigas. Entre confetes, serpentinas e muita animação, surgiu ao seu lado um arlequim. Os dois pularam e dançaram por muito tempo e, quando a música parou, a menina quis conversar. Mas com quem? Nenhuma das amigas tinha visto o ser fantasiado com quem Amelinha dizia ter se divertido.
De acordo com o folclore, somente idosos e crianças conseguem ver o verdadeiro rosto do arlequim. E parece que ele é dado a traquinagens: costuma roubar pirulitos, balas e outras guloseimas antes de desaparecer. Não é que Amelinha se deu conta de que já não tinha mais na mão a maçã-do-amor que carregava?!
No próximo carnaval, fique de olho! Vai que você descobre um desses seres mágicos. Só cuide bem dos seus doces, viu?!
Matéria publicada em 24.01.2023