Era uma vez, uma jovem indígena chamada Atiolô. Quando o chão começou a ficar coberto de frutinhas de murici, ela se casou com Zatiamarê. As frutinhas desapareceram, as águas do rio subiram, e as outras frutas apodreceram no chão. Depois, o Sol queimou a terra e um ventinho molhado começou a chegar do alto da serra.
Quando os muricis começaram outra vez a cobrir o chão, Atiolô começou a rir sozinha, pois estava grávida. Zatiamarê, seu marido, vivia dizendo:
– Quero um menino para crescer feito o pai. Flechar capivara feito o pai. Pintar o rosto de urucum feito o pai.
Mas nasceu Mani, uma menina linda. Zatiamarê ficou aborrecido. O único presente que deu à filha foi um teiú, um lagarto de rabo amarelo, e não conversava com Mani por nada.
Passado um tempo, Atiolô ficou grávida de novo. Dessa vez veio um menino, Tarumã. Com ele, o pai conversava, carregava nas costas para atravessar o rio e empoleirava no joelho para contar histórias.
Mani, cheia de tristeza, correu para o alto do morro e lá ficou. A mãe procurou pela filha por toda a parte. O pai, arrependido, também. Mas ninguém nunca a encontrou.
No alto do morro, onde a menina chorou todas as suas lágrimas, brotou uma plantinha rasteira, mas com uma raiz muito profunda. Toda a aldeia se alimentava dela. Era Mani, que havia se transformado em mandioca.
Matéria publicada em 31.07.2024
giulia e micaele
eu achei muito bacana e legal a historia da mandioca eu me diverti muito
eu ja conhecia essa historia
Laura dos santos pereira
Eu não conhecia essa história adorei e quero mais história sobre indígenas
🥰
sanadra
maravilhoso