O escritor que não esqueceu os tempos de menino

A infância simples de Euclides da Cunha fez com que ele se tornasse uma pessoa determinada a ajudar os outros (foto: Wikipedia).

Um escritor preocupado com as pessoas mais carentes. Alguém que denunciou injustiças que ocorreram em uma guerra no interior do Brasil. Assim era Euclides da Cunha. Em 2009, faz 100 anos que ele morreu. Mas quem disse que foi esquecido? Seu livro Os sertões é um dos mais importantes da literatura brasileira e talvez você o leia um dia. Então, que tal saber mais sobre o seu autor?

Infância difícil

Euclides da Cunha nasceu em 1866, na cidade de Cantagalo, no Rio de Janeiro. Filho de agricultores, fazia parte de uma família humilde. Aos três anos de idade, ficou órfão de mãe e, por isso, morou na casa de parentes, em várias cidades, na infância. A falta de dinheiro levou seu pai a deixá-lo, junto com a irmã, na companhia dos tios.

A origem simples de Euclides fez com que ele se tornasse solidário com quem tinha poucos recursos para viver. “O escritor queria mostrar aos homens de seu tempo que há pessoas carentes e que elas precisam de auxílio”, explica Anabelle Loivos, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Aos 20 anos, Euclides da Cunha estudou na Escola Militar da Praia Vermelha (foto: Revista do Grêmio Euclides da Cunha).

Um jovem interessado por política

Aos 20 anos, Euclides da Cunha foi estudar na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Lá, em um desfile em homenagem ao ministro da guerra da época, jogou uma pequena espada aos pés da autoridade. O jovem queria protestar contra o fato de o Brasil ainda ser governado por um imperador. Para ele, já era hora de o país se tornar uma República, o que daria ao povo o poder de escolher seus governantes.

Por seu ato, Euclides teve que sair da Escola Militar. Porém, em 1889, a República foi proclamada e ele foi para a Escola Superior de Guerra. Lá, tornou-se tenente do Exército e engenheiro militar. Poucos anos depois, passou a trabalhar como funcionário público em um departamento de obras em São Paulo.

Enquanto tudo isso ocorria, Euclides da Cunha também escrevia textos para jornais em que defendia a democracia: a forma de governo em que o poder está nas mãos do povo. A convite de um jornal, também foi parar em uma guerra que ocorreu no interior do Brasil, uma experiência que viraria livro. Clique e saiba mais!

Matéria publicada em 13.08.2009

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Julia Faria

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