Vulcões extraterrestres?!?

A Via Láctea tem muitos planetas bem diferentes do nosso: uns são extremamente quentes, como Vênus, outros têm anéis — é o caso de Saturno! — e há ainda aqueles que são muito frios, a exemplo de Urano! Mas você sabia que, em alguns desses planetas — assim como em suas luas —, foram encontrados vulcões? E que quem descobriu muitos deles foi uma brasileira?

O planeta Júpiter. Em uma de suas luas, já foram descobertos 71 vulcões.

Pois é: a cientista Rosaly Lopes, que trabalha na Nasa, já descobriu 71 vulcões em Io, uma das luas de Júpiter. Parece muito? Pois saiba que não só a quantidade de vulcões existentes nesse satélite de Júpiter chama a atenção — o tamanho de um deles também deixa qualquer um de queixo caído. Afinal, veja só: a sua cratera — o buraco pelo qual sai lava e fumaça — tem 200 quilômetros de diâmetro, o equivalente a mais de 1600 campos de futebol enfileirados!

E olhe que há muitos outros exemplos de vulcões grandiosos no Sistema Solar. Um exemplo é o Olympus Mons, que a Nasa descobriu em Marte, em 1971, com a ajuda da sonda espacial Mariner 9. Com 24 quilômetros de altura, ele é quase três vezes maior do que o Everest, a montanha mais alta do planeta Terra.

A sorte é que o Olympus Mons está inativo: ou seja, como muitos vulcões que existem no nosso planeta, repousa quietinho, sem lançar lava nem fumaça. Algo que não ocorre com diversos vulcões em Io. “Alguns dos que existem por lá são mais ativos do que os encontrados na Terra”, conta Rosaly.

Olympus Mons, vulcão descoberto pela Nasa em Marte, em 1971.

Mas vocês devem estar se perguntando: como é possível estudar e medir vulcões que estão tão longe da gente? Para isso, o pessoal da Nasa usa naves que não têm tripulação, mas que estão equipadas com câmeras e outros instrumentos que permitem medir e analisar o que é encontrado no planeta. As informações que essas naves trazem são muito importantes para conhecermos melhor os nossos vizinhos de galáxia. “Com isso, podemos fazer muitas descobertas, como saber a composição e o tipo de lava que os vulcões lançam, ter uma ideia da espessura da crosta do planeta e também obter dados sobre esse próprio mundo mesmo”, conta Rosaly.