Vida no mangue

As raízes altas das árvores, chamadas raízes aéreas, são símbolo do mangue e ajudam as plantas a puxarem o oxigênio do ar (Foto: Fernanda Gonçalves / Flickr / CC BY 2.0)

As raízes aéreas das árvores são símbolo do mangue e ajudam as plantas a puxarem o oxigênio do ar (Foto: Fernanda Gonçalves / Flickr / CC BY 2.0)

Água salgada do oceano, água doce dos rios e lagos: você pode não perceber, mas elas frequentemente se encontram. Quando isso acontece, forma-se um ecossistema chamado estuário, ocupado por um tipo de floresta conhecido como manguezal, que funciona como berçário de várias espécies de peixes, crustáceos e moluscos. Quer saber mais sobre ele?

A primeira característica importante é que a mistura da água salgada com a água doce cria condições muito especiais para a alimentação e a proteção de filhotes diferentes espécies – o ambiente fica rico em nutrientes, por exemplo.

Além disso, outra particularidade do mangue é a pouca quantidade de oxigênio presente na água. “Há muito lodo e ácidos na água, então algumas árvores desenvolvem raízes aéreas para puxar o oxigênio da superfície”, conta o biólogo Mário Barletta, da Universidade Federal de Pernambuco. Esse emaranhado de raízes acaba criando uma zona de proteção aos animais dali.

MANGUE Imagem 2 - foto de Wikimedia Commons

Os manguezais são regiões de estuário que se formam em zonas tropicais e podem ser encontrados em vários países, como Austrália, Indonésia e Brasil (Foto: Wikimedia Commons)

Os manguezais surgem em regiões tropicais e existem em vários países do mundo, incluindo o Brasil, mas estão ameaçados pela poluição e falta de cuidado. “Há muito lixo se acumulando nos estuários. Refinarias e indústrias jogam resíduos perigosos na água que vai para essas regiões”, alerta Mário. Além disso, o biólogo revela que alguns manguezais estão sendo urbanizados ou assoreados. Precisamos dar um jeito nisso, não acha?