Você já ouviu falar do livro Vinte mil léguas submarinas, do escritor Júlio Verne? Ele conta a história do capitão Nemo e seu submarino gigante, o Nautilus. Na viagem, os tripulantes viajam 20 mil léguas no fundo do mar e passam por muitas situações perigosas, como enfrentar uma lula gigante.
Saindo da ficção para a realidade, os pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí também estão embarcando em uma aventura submarina – mas, alto lá! Não esperam encontrar perigos como os descritos por Júlio Verne. Eles querem desvendar os mistérios da margem continental brasileira (a parte da crosta terrestre que fica submersa) e descobrir, por exemplo, que tipo de vida há em certas regiões do oceano.
Segundo o oceanógrafo José Angel Alvarez Perez, que vai participar da aventura, a pesquisa tem o objetivo de explorar a vida presente na elevação do Rio Grande, cadeia de montanhas no fundo do oceano. “Vamos comparar o tipo de biodiversidade dessa área com outros locais profundos da costa brasileira”, contou o pesquisador à CHC.
Para isso, os pesquisadores vão contar com um transporte especial: o submersível Shinkai 6500. Tripulado por até três pessoas – um cientista e dois técnicos –, ele pode chegar a seis mil metros de profundidade.
Cada passeio dura cerca de seis horas. “São duas horas para chegar até o fundo do oceano, mais duas horas para nossas atividades e duas horas para o retorno à superfície”, explica José Angel.
O registro da expedição será feito por um conjunto de equipamentos eletrônicos do submersível, que farão fotos e vídeos em alta resolução. Além disso, a expedição vai fazer uma coleta de material orgânico, com a ajuda de braços mecânicos que vão retirar o material do fundo do mar. Eu estou doida para saber o que eles vão trazer, e você?