Você já imaginou ver o nascimento de uma estrela? Descobrir galáxias distantes e estrelas tão grandes quanto o Sol? Pois saiba que essas aventuras estão prestes a se tornar realidade com a construção do Observatório Alma no deserto do Atacama, no Chile.
“Todo astrônomo gostaria construir o maior telescópio possível, mas um telescópio gigante é tecnicamente inviável”, conta o astrônomo Antonio Hales, da Universidade do Chile. “Para alcançar a potência que desejamos, precisaríamos de uma antena de 15 quilômetros de extensão, o que seria impossível”.
A ideia do Alma, então, é espalhar várias antenas menores sobre um terreno conhecido como platô de Chajnantor. Juntas, elas funcionarão como um grande telescópio. O deserto parece ser o local ideal para construir um observatório como este, já que é bem alto – e, assim, mais próximo do céu – e seco – em locais onde chove muito, a umidade pode prejudicar a captação das imagens.
Ao todo, o Alma contará com 66 antenas recebendo sinais do espaço, das quais 26 já foram instaladas. Ao capturar ondas emitidas pelos astros, as antenas são sincronizadas e conseguem formar imagens com alta precisão, identificando de onde veio a informação – isto é, se foi de uma galáxia distante, de estrelas ou de outros planetas.
A diferença desse observatório para os demais está na frequência das ondas que consegue receber. O Alma consegue captar ondas com frequências muito baixas, que quase nenhum outro telescópio consegue captar.
Agora, reparem no tamanho do desafio que o Alma se propôs: entender o que aconteceu após o Big Bang, fenômeno que deu origem ao universo! Para isso, será necessário observar as primeiras galáxias e estrelas formadas, que estão a anos-luz da Terra. Será que o novo observatório será capaz de solucionar esse mistério? Agora, é esperar para ver.