Se tivéssemos que escolher um único artista para representar as muitas mudanças da arte no século 20, seria Pablo Picasso. Nascido em Málaga, no sul da Espanha, no dia 25 de outubro de 1881, Picasso era um artista que fazia de tudo. Tudo mesmo! Além de pintar, trabalhou também com gravura, escultura, desenho, colagem, cerâmica, cenografia e ilustrações para livros. Ele é o mais famoso e, provavelmente, o mais influente artista do século 20, não só por sua versatilidade e originalidade, mas também por sua imensa produção.
Por ser filho de um professor de desenho, Picasso sempre contou com o incentivo da família: aos quinze anos, ele já tinha seu próprio ateliê. Em 1900, mudou-se para Paris, na França, capital artística da Europa.
Picasso era uma pessoa bastante emotiva, e isso, claro, era retratado em sua obra. Uma alteração em seu estado de espírito podia representar uma mudança na direção artística. Seu estilo de pintura mudou muitas vezes durante sua vida. Ele não se contentava em fazer sempre o mesmo tipo de quadro. Suas pinturas começaram a se diferenciar mais das dos outros pintores quando passou a pintar usando apenas tons de azul, a chamada fase azul. Esse foi um período em que Picasso sentia-se infeliz e sozinho; por isso, todos os personagens dessa fase parecem tristes e solitários.
Quando conheceu Fernande Olivier, uma das muitas mulheres por quem se apaixonou, sua tristeza ficou para trás. Iniciou-se aí a fase rosa. Nela, não só as cores, mas também os temas de Picasso eram mais alegres. Retratou a arte circense, geralmente mostrando os artistas e seus animais. No entanto, a fase rosa não durou muito tempo.
O encontro com as esculturas africanas serviu de estímulo para buscar novas formas de mostrar e interpretar a realidade. Juntamente com o pintor francês Georges Braque, criou o cubismo, considerado um dos movimentos mais importantes da história da arte moderna.
Em 1937, Picasso pintou seu quadro mais famoso: Guernica, uma resposta aos horrores da guerra civil espanhola. Depois do conflito, ele ficaria exilado de sua terra natal para o resto de sua longa vida. O pintor permaneceu na França até a morte. Picasso nunca parou de produzir. Ele morreu aos 91 anos em 8 de abril de 1973.