Olhe à sua volta. Pense em tudo o que você já aprendeu e responda: qual é a invenção mais importante de toda a história da humanidade? O computador? A televisão? Em meio a tantas descobertas, é bem complicado definir aquelas que são as mais importantes, não é?
Apesar disso, o escritor americano Tom Philbin não desanimou frente ao desafio. Ele fez uma lista com as invenções que considera dignas de nota e selecionou uma centena para apresentar no livro As 100 maiores invenções da história , publicado pela editora Difel.
Fruto de muita pesquisa e reflexão, a obra traz a roda como a primeira colocada do ranking – nada mais justo, já que, se olharmos com cuidado, essa antiga invenção está presente em quase tudo à nossa volta. Mas existem muitas surpresas, como a presença do vaso sanitário na lista e, acredite, em boa colocação!
Mas qual a importância de uma invenção? Melhorar a vida do ser humano? Torná-la mais confortável? Como é muito difícil responder a essa pergunta, você pode não concordar com as escolhas de Philbin. Então, que tal fazer sua própria lista, com as maiores invenções da humanidade na sua opinião? Antes, no entanto, vamos conhecer a fantástica história de algumas delas. A posição de cada uma no ranking das 100 mais está entre parênteses, para você concordar ou… discordar!
O papel (12ª)
A história do papel começou na China, há quase dois mil anos. No ano 49 antes de Cristo (a.C), os chineses já fabricavam papel a partir de cascas de árvores, de bambu e de uma planta chamada cânhamo. Da China, o papel chegou ao Japão (onde era usado também para fazer bonecas, leques e até divisórias para casas!) e à Europa, por meio dos árabes. O papel como conhecemos hoje começou a surgir em 1852, quando passou a ser produzido a partir da polpa da madeira.
Os óculos (16ª)
Os primeiros óculos surgiram entre 1268 e 1289, em Veneza, na Itália. Mas eles não eram bem como conhecemos hoje. Na verdade, nem mesmo as lentes eram feitas de vidro e sim de um mineral chamado quartzo! Por quê? Simples: o vidro ainda não havia sido inventado! Além disso, durante um bom tempo, as lentes foram coloridas, pois se acreditava que a lente branca deixava passar muita luz. O preço salgado – chegavam a custar o equivalente a milhares de reais – permitia que só os mais ricos possuíssem óculos, mas em muitos lugares, como na Inglaterra e na França, ele só era usado em segredo, escondido de todo mundo. Na Espanha, por outro lado, quem usava óculos era visto como alguém de maior importância e dignidade. Vai entender!
O vaso sanitário (20ª)
Apesar de relatos sobre vasos sanitários existirem há mais de quatro mil anos na Índia, foi somente no século 18 que ele se popularizou. Os primeiros modelos foram criados em 1596, mas só em 1738 foi inventada uma privada com válvula de descarga e apenas em 1775 surgiu o primeiro vaso que mantinha sempre água no fundo, diminuindo os odores. Antes disso, as pessoas se livravam dos dejetos enterrando-os nos bosques, atirando-os pela janela nos esgotos a céu aberto ou nos rios.
A anestesia (34ª)
Já pensou fazer uma operação sem anestesia? Pois há cerca de 200 anos, não havia escolha. Afinal, a história da anestesia só começa no século 18, quando se descobriu que o óxido nitroso deixava as pessoas insensíveis à dor. Em 1842, pequenas cirurgias começaram a ser feitas com éter – uma substância parecida com o óxido nitroso – como anestésico. Porém, a anestesia só passou a ser oficialmente empregada quatro anos depois e logo surgiram técnicas e compostos que permitiam anestesias locais. Pense bem: será que, sem a anestesia, a maioria dos nossos avanços na medicina seria possível?
As embarcações de madeira (40ª)
Durante milhares de anos, os barcos de madeira permitiram que o ser humano explorasse o mundo, comercializasse suas mercadorias, entre outros feitos. Os primeiros barcos aparentemente foram construídos por volta de 4000 a.C., pelos fenícios, povo que vivia no Oriente Médio. Com barcos com uma única vela, 60 metros de comprimento e até 200 remadores, eles foram os primeiros a fazer sucesso com o comércio marítimo. Séculos depois, os gregos dominaram os mares e criaram embarcações mais longas, voltadas para a guerra.
O relógio (44ª)
Não é de hoje que o ser humano procura marcar o tempo. Há 5000 anos, os egípcios já se orientavam por meio das sombras projetadas pelo Sol. O primeiro tique-taque de um relógio, porém, só foi ouvido em 1285, com a invenção do mecanismo capaz de mover as engrenagens em intervalos regulares. Nessa época, os relógios possuíam apenas o ponteiro das horas e eram bastante imprecisos. O ponteiro dos minutos só apareceu em 1680 e o dos segundos, anos depois. A partir da década de 1930, surgem os relógios de quartzo, digitais, os mais utilizados hoje em dia.