Paulo Antônio de Souza Júnior sempre estudou em escola pública: na infância, veja só, freqüentou até escola de fazenda, lá no Mato Grosso do Sul. Hoje, ele trabalha em uma grande mineradora, a Companhia Vale do Rio Doce, e participa da missão da Nasa ao planeta vermelho.
Foi em 2002 que o brasileiro recebeu o convite para fazer parte do projeto da agência espacial americana. Na época, ele tinha acabado de chegar da Alemanha, onde estudava as aplicações que certos equipamentos usados na análise de minerais ‐ e atualmente presentes nos robôs enviados a Marte ‐ poderiam ter na Terra.
Na missão da Nasa, o brasileiro tem várias funções: receber as informações enviadas pelos robôs, verificar se os dois mandaram o que havia sido pedido, discutir os resultados obtidos com os demais cientistas, definir as atividades que o Spirit e o Opportunity irão realizar…
Mas não é só. Paulo também cuida do planejamento de longo prazo da missão, o que inclui, por exemplo, trabalhar para garantir que as metas do programa ‐ como a que define quanto cada robô deve andar em solo marciano ou quantas fotos, no mínimo, deve tirar ‐ sejam cumpridas. Sem falar que ainda é tutor de um progama educacional da Nasa, que seleciona alunos americanos do ensino médio para trabalhar por uma semana na agência espacial. Bacana, não?