Em histórias de investigação, uma pegada pode ser uma pista fundamental para que o detetive encontre o culpado de determinado crime. Na natureza, as pegadas também são pistas importantes, mas não estamos falando de crimes, e sim de conhecer melhor diferentes espécies animais.
“As pegadas possibilitam uma observação indireta na natureza, ou seja, mesmo não vendo o animal, conseguimos comprovar que ele vive em determinada área”, explica o biólogo Oswaldo de Carvalho Jr, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Esse método é bastante útil na elaboração da lista das espécies que vivem numa determinada área, principalmente espécies raras ou ariscas, que são mais difíceis de serem observadas. Com os estudos das pegadas, podemos também estimar o tamanho das populações dessas espécies animais.
Veja, na galeria abaixo, alguns animais brasileiros e suas pegadas
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Para achar as pegadas, os pesquisadores agem como verdadeiros detetives. O primeiro passo é procurar em locais onde há maior possibilidade de formação das pegadas – como, por exemplo, estradas de terra na beira da mata e margens de rios. Quando não é possível encontrar rastros nessas condições, os cientistas usam outras estratégias, como espalhar quadrados de areia ou solo fofo dentro das florestas
“O solo da floresta é ruim pra deixar rastros, pois sempre tem muita folha, galho e vegetação”, conta Oswaldo. “Então, colocamos esses pequenos quadrados para que a pegada fique marcada”.
Se você der a sorte de encontrar uma pegada por aí, não se esqueça de registrá-la. Pode ser com uma foto, com um desenho… Depois, tente identificar a marca com a ajuda de um guia como este, escrito por Oswaldo e colaboradores. Aposto que será uma descoberta emocionante!