Mulher das galáxias

Imagine que você é astrônomo: um cientista que estuda os astros. Hoje sua missão é observar uma galáxia. Com um mapa do céu e um telescópio, você analisa esse conjunto de estrelas, poeira e gás. Até que nota um ponto brilhante ali perto, que não está no mapa. Ao investigá-lo, surpresa: encontra algo que ninguém havia visto antes!

Foi assim que a astrônoma brasileira Duília de Mello – que trabalha na Nasa, a agência especial norte-americana – descobriu uma supernova: um corpo celeste que surge após a explosão de uma estrela. Em um livro que acaba de chegar às livrarias – chamado Vivendo com as estrelas –, ela conta a história dessa descoberta e também fala sobre sua trajetória, inspirando quem sonha em ter a astronomia como profissão.

De olho no céu

Desde pequena, Duília passava horas observando o céu. Curiosa, tinha várias dúvidas sobre os astros. “Mas, quando eu era criança, não tinha acesso à internet. Então, só conseguia informação na escola, em revistas e livros. Era pouca coisa e eu queria saber mais”, diz. Foi, então, que ela decidiu ser astrônoma.

Para seguir essa profissão, porém, Duília precisou de dedicação, além de curiosidade. Afinal, um astrônomo estuda bastante matemática e física. Mas o esforço teve resultado. Aos 32 anos, a brasileira já era especialista em astronomia extragaláctica: área que estuda outras galáxias além da nossa, a Via Láctea.

Descobertas espaciais

Além de ter encontrado uma supernova em 1997, Duília fez outra descoberta importante em 2008. Ela foi a primeira pesquisadora a encontrar estrelas que se formam fora de galáxias: as chamadas bolhas azuis. Isso mostrou que esses astros podem surgir no meio do nada e não só dentro de galáxias, como se achava antes.

Duília de Mello e uma miniatura do telescópio espacial James Webb (foto: Tommy Wiklind).

No vídeo a seguir, em uma visita ao Instituto Ciência Hoje, sede da CHC On-line, Duília conta um pouco mais sobre o seu trabalho. Esse, aliás, também é um tema do livro Vivendo com as estrelas. Ao lê-lo, você vai descobrir como a brasileira chegou à Nasa e, de quebra, encontrar muitas informações sobre o universo. Tudo sem precisar ir ao espaço, mas apenas até a livraria mais próxima!

 

Matéria publicada em 09.11.2009

COMENTÁRIOS

  • Anna Elise

    Que legal!Agora estou imaginando eu, sentada em uma cadeira observando as constelações com um telescópio!

    Publicado em 25 de agosto de 2018 Responder

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