Quem nunca quis ter um bicho de estimação? Um cachorro ou um gato, por exemplo, podem ser seus melhores amigos de brincadeiras. Foi observando essa relação carinhosa entre pessoas e animais que pesquisadores da Universidade Federal do Espirito Santo e da Universidade Estadual Paulista tiveram uma ideia: criar mascotes eletrônicos para ajudar crianças com deficiências físicas graves.
Segundo o engenheiro Humberto Ferasoli Filho, um dos coordenadores do projeto, os novos aparelhos – ainda em fase de testes – podem melhorar a interação com o mundo, a segurança e a autoestima das crianças. Um dos robôs, por exemplo (veja a foto ao lado), é composto de um smartphone com rosto sorridente e uma base com rodinhas. Ele fala com o usuário e pode se mover de um lado para o outro, comandado pelo seu dono.
Confira este e outros robôs em ação.
“A ideia é que o robô passe a ser uma extensão do corpo da criança, levando-a até lugares em que ela não conseguiria chegar por conta própria”, explica Humberto. O controle pode ser feito por meio de um acelerômetro – dispositivo sensível aos movimentos, instalado em uma tiara presa na testa do usuário. Assim, quando a criança move a cabeça em uma direção, o robô obedece e segue o caminho indicado.
Além disso, o mascote possui alguns comportamentos independentes, como a exploração do ambiente: ele fica perambulando como se estivesse fazendo o reconhecimento do lugar. O robô também avisa quando está com fome (hora de recarregar as baterias!) ou medo (quando alguém estranho se aproxima).
Com baterias suficientes para funcionar por duas ou três horas sem intervalo, o mascote eletrônico é um companheiro incansável – e exigente. Basta a criança parar de interagir por poucos minutos que o robô começa a rodopiar pelo ambiente, querendo chamar a atenção. Acho que todo mundo vai querer um robozinho para chamar de seu…