Mascote muito especial

Foi na CHC 16, em 1990, que ele apareceu pela primeira vez. Pelas mãos do ilustrador Ivan Zigg, tomou forma e ganhou a capa. Era a estreia da Ciência Hoje das Crianças como revista. A publicação, criada em 1986, deixava de ser um encarte da Ciência Hoje, de adultos.

Mas o astro da edição 16 não ganhou um nome assim que nasceu. Só após três anos ele foi batizado de Rex pelos leitores. Hoje, continua a ser desenhado pelo Ivan, mas também ganha vida graças a ilustradores como Cruz e Maurício Veneza, que, com frequência, dão um toque especial a essa mascote.

Capa da CHC 16.

Dinossauro de sucesso

“O Rex surgiu para enriquecer a revista e torná-la ainda mais atraente para as crianças”, explica Ivan Zigg. Ele chegou para ser uma espécie de anfitrião, que aparece no meio dos textos e interage com os leitores. “Uma mascote deve ser carismática, cativante e simpática. Eu sou suspeito para falar, já que é minha criação, mas acho que o Rex desempenha muito bem o seu papel”, conta Ivan. Os leitores da CHC concordam! Todo mês a revista recebe várias cartas que são só elogios ao Rex e também aos seus dois parceiros de aventura: Diná e Zíper.

 

Diná, Zíper e Rex: companheiros inseparáveis (ilustração: Maurício Veneza).

Ambos surgiram porque, com o tempo, as crianças que acompanhavam a revista começaram a achar que o dinossauro criado pelo Ivan andava muito sozinho. Resultado? Ele ganhou uma companhia feminina, Diná, um dinossauro fêmea rosa, que carrega um laço na cabeça. “É muito natural que os personagens tenham uma companheira, como é o caso do Donald, com a Margarida, e do Mickey, com a Minnie”, explica Ivan, que, não satisfeito, criou também o zangão Zíper para aparecer ao lado da dupla de dinossauros. “Com três personagens dá para criar situações mais dinâmicas e interessantes”, diz. Não é que é verdade?

Igual, mas diferente

Rex de óculos, gravata borboleta e tênis (ilustrações: Ivan Zigg).

Nesses 19 anos de CHC, o Rex mudou muito. Ele já apareceu de gravata borboleta, óculos e costumava usar tênis! Mas seu criador vê mudanças ainda mais profundas. Antes de notar que o Rex feito no computador funcionava melhor para a revista, Ivan usou várias técnicas de pintura – sua especialidade –, como tinta guache e aquarela. Mas essa não foi a única mudança! Para Ivan, o Rex também amadureceu. “Um personagem só se desenvolve quando é publicado regularmente por algum tempo. O Rex agora tem uma personalidade só dele”, conta.

Algo curioso, no entanto, acontece quando outro ilustrador, que não o Ivan, desenha o Rex. Você sabia que essa mascote ganha um traço diferente? Clique e confira!