No começo do mundo, toda vez que a lua se escondia no horizonte, parecendo descer a encosta das serras, era porque ia visitar suas índias prediletas. Para explicar o surgimento das estrelas, os velhos adivinhos das tribos contavam que a deusa Lua transformava as índias em luz e as conduzia para as mais elevadas nuvens.
Naiá, princesa da tribo, ficou muito impressionada com a história e, altas horas da noite, quando todos dormiam, ela subia as montanhas para ver a Lua. Querendo ser transformada em estrela, ultrapassava as colinas e ficava cada vez mais fascinada pelo o astro, que parecia fugir. A indiazinha ficou tão desolada por não conseguir alcançar a lua que começou a ficar doente. Nem os pajés, com seus feitiços, conseguiam curar a moça que a cada dia ia ficando mais triste.
Assim vivia a jovem índia a vagar nas noites enluaradas, ferindo-se nas pedras, e aos soluços. Certa vez, quando viu no espelho de um lago a imagem branca da Lua, faiscando luz, atirou-se na água. Durante semanas, todos da tribo procuraram Naiá, inutilmente, nas selvas vizinhas.
No entanto, a Lua que gerava as águas, os peixes e as plantas aquáticas, quis recompensar o sacrifício da jovem. Fez nascer do corpo de Naiá uma misteriosa planta, com folhas largas para receber a luz do luar e na qual a imensa pureza do espírito da jovem desabrochou. Assim nasceu, nas águas mansas do lago, uma grande flor perfumada, a estrela das águas: Vitória-Régia.
A Vitória-Régia é considerada uma planta aquática gigante, porque pode ter até 1,80 metro de diâmetro. Suas flores surgem brancas e desabrocham à noite, exalando seu perfume. Ela é conhecida no Brasil por muitos nomes: bandejas d’água, uapé, forno d’água, jaçanã, entre outros. Essa lenda foi adaptada do livro Amapá, cultura, poesia e tradição , da Editora Kelps.
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Publicada originalmente em
Ciência Hoje das Crianças 150
Setembro/2004
Anna Elise
Gosto muito da história da vitória-régia!
Publicado em 10 de novembro de 2018
Gabriela Mei Silva
Amei é muito bom ler de vez em quando
Publicado em 15 de junho de 2020
Bernardo Ferreira Silva
eu achei bem legal a história e bem legal de ler
Publicado em 16 de junho de 2020
Maria Vitória Oliveira da Silva
eu amei bem legal
Publicado em 23 de junho de 2020
Mirella
Gostei muito
Publicado em 30 de junho de 2021