Atualmente, o tatu-canastra é a maior espécie de tatu do mundo — ele pode medir um metro de comprimento e pesar 40 quilos. Mas, se você acha isso muito, saiba que, por volta de 15 mil anos atrás, existiam tatus ainda maiores, que podiam medir três metros e pesar 100 quilos! Alguns exemplares fósseis já foram encontrados e, agora, pesquisadores anunciam a descoberta de uma nova espécie de tatu gigante, uma das maiores até agora.
Paleontólogos encontraram um fóssil bem completo em uma caverna no Tocantins. Ele conservava o crânio e grande parte da carapaça, além de outros ossos longos. “Era como se tivesse morrido ontem”, comemora Leonardo Avilla, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, que coordenou a descoberta. Como os ossos do crânio do tatu ainda não estavam totalmente unidos, Leonardo acredita que ele possa ter morrido ainda dentro da barriga da mãe – um mistério ainda por resolver.
Os pesquisadores calculam que o animal encontrado, que era um filhote, devia medir 2,5 metros e pesar entre 80 e 100 quilos. Imagina o tamanhão do bicho adulto! Porém, sem um fóssil do tatu em idade mais avançada, fica difícil saber ao certo qual seria seu tamanho.
A nova espécie faz parte do grupo dos Pampatérios, que, em bom português, significa “besta dos pampas” – um conjunto de espécies de tatus gigantes que, apesar do nome e do tamanho assustadores, se alimentavam apenas de pasto. Esse grupo se espalhou por toda América, desde a América do Norte até a Patagônia, no sul da Argentina e do Chile.
“Por enquanto, só encontramos essa espécie em Aurora (TO). Porém, acreditamos que ela possa ter existido também em outras regiões do Brasil”, completa Leonardo.