Como forma de colocar em prática o que aprendem nas aulas, estudantes de engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) arrumaram um divertido passatempo: construir robôs que lutam, dançam e até jogam futebol! Os equipamentos montados pela equipe RioBotz participam, desde 2002, de competições nacionais e internacionais e já ganharam várias medalhas.
A construção de um robô é trabalhosa e exige muita dedicação. Para começar, os estudantes tentam bisbilhotar as equipes adversárias para saber o que estão tramando – e o que fazer para vencer seus robôs em uma luta. Em seguida, começam a pensar cada pedaço do projeto. A primeira etapa é desenhar o robô no computador, com todas as peças necessárias, incluindo os dispositivos eletrônicos que serão usados. No começo, eles usavam sucatas e outros materiais baratos para construir os equipamentos; hoje, incluem também matérias-primas mais sofisticadas.
Segundo o engenheiro Marco Antonio Meggiolaro, professor e coordenador da equipe, para que o robô funcione direito, é necessário existir uma harmonia entre suas partes mecânicas – isto é, as peças responsáveis pelos seus movimentos, ou os “membros” do robô – e eletrônicas, que são as responsáveis por comandar o movimento – como o nosso cérebro e sistema nervoso.
Depois do planejamento, é hora de montar o robô. As peças são feitas principalmente de alumínio, aço, titânio e plástico. Alguns desses materiais podem ser encontrados em materiais descartados e que iriam para o lixo! Para um robô grande, que chega a pesar 100 quilos, todo o projeto e montagem pode levar até nove meses.
A RioBotz participa de competições de robôs em três modalidades principais: combate, sumô e humanoide. A primeira é uma verdadeira luta, em que cada robô é comandado por um “piloto”. Como nas lutas esportivas praticadas por humanos, os competidores são divididos em oito categorias, dentre as quais “leve”, “médio” e “pesado”, de acordo com seu tamanho e peso.
No sumô, modalidade inspirada em um esporte japonês, ganha o robô que conseguir jogar o adversário para fora do território demarcado. Para isso, os robôs agem sozinhos, sem o comando do “piloto”, e precisam ser muito bem programados para tomarem decisões e reagirem ao adversário. Esses robôs são equipados com sensores para reconhecer outros robôs e os limites da arena, além de serem muito fortes.
Por fim, os humanoides são robôs inspirados nos seres humanos, que dançam, sobem escadas, jogam futebol… Eles também são programados para se movimentarem sozinhos, o que dá muito trabalho aos seus idealizadores. Na competição, os juízes avaliam a precisão de movimentos do robô, sua força e habilidade – confira um vídeo com um robô desta categoria:
E você, tem uma boa ideia para um robô? Comece a pesquisar para colocá-la em prática!