Cores e sombras da mata atlântica e do cerrado

Um passeio para conhecer melhor a natureza é sempre um programa agradável. Apreciar a mata, os animais e as plantas que lá existem é bom demais. No entanto, nem sempre é preciso entrar na floresta para saber mais sobre o meio ambiente. Pode-se fazer isso visitando uma exposição, por exemplo! A mostra Biodiversidade do estado de São Paulo: cores e sombras, em cartaz na capital paulista, apresenta fotos da flora e da fauna da Mata Atlântica e do Cerrado.

A mata atlântica nas margens do rio Jacaré-Pepira, no munícipio de Dourado/SP. (foto: Carlos A. Joly).

Organizada pelo programa Biota/Fapesp, a exposição está dividida em cinco módulos e traz cerca de 150 fotografias, além de ilustrações, mapas e textos. No primeiro módulo — águas costeiras –, você descobre que a areia e a água do mar estão infestadas de seres microscópicos, como as poliquetas, e outros nem tão pequenos, como os tatuíras ou tatuís — um crustáceo que a gente costuma ver se escondendo na areia. No segundo módulo, caminha-se da praia em direção ao interior para encontrar a mata atlântica, lar de uma infinidade de plantas e bichos. Ali, percebe-se a relação que existe entre vegetais e animais e o quanto um necessita do outro para existir!

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o programa Biota/Fapesp tem o objetivo de estimular a pesquisa e fazer o levantamento de todas as espécies de seres vivos que existem no estado de São Paulo. Participam dele mais de 400 pesquisadores, que trocam informações e estudam maneiras de preservar o meio ambiente.

A joaninha gosta do pólen e do néctar da margarida e ajuda na sua reprodução (foto: M. Sazima e I. Sazima).

No terceiro módulo da mostra, dedicado às áreas urbanas, é retratada a maior cidade da América Latina: São Paulo. Nesse espaço, o visitante se depara com carros, prédios e… poluição! Porém, descobre que a natureza de São Paulo resiste. Muitos pássaros — como o sabiá, o tico-tico e o bem-te-vi — podem ser vistos, além de espécies mais raras como o pardal.

O quarto módulo conduz a um passeio pelos rios paulistas. É possível notar que, dentro da cidade, eles são poluídos, mas, à medida que seguem para o interior do estado, vão ficando mais limpos.

Com seu pijama de uma lista só, o peixe-borboleta repousa próximo ao fundo do rio à noite. De manhã, a lista desaparece e ele "troca de roupa" (foto: C. Sazima)

A última parada da viagem é o cerrado. As gramíneas — um tipo de vegetação rasteira — cobrem mais da metade da região, mas também há muitas árvores e as águas dos rios são a fonte de vida para os bichos que ali vivem, como o lobo guará, que, aliás, serve de exemplo para uma lição e tanto!

“Esse animal só existe no cerrado e está ameaçado de extinção”, explica Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que participou da produção da mostra. “É importante preservar esse ambiente, assim como a mata atlântica, já que várias espécies apenas conseguem se desenvolver nesses lugares.”

Anote essa importante informação e descubra muito mais sobre a mata atlântica e o cerrado visitando a exposição!

Biodiversidade do estado de São Paulo: cores e sombras
Onde? Centro Cultural Citibank – Av. Paulista 111 – São Paulo/SP
Quando? Até 2 de julho: de segunda a sexta, das 7h
às 21h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h.
Quanto? Grátis!
Visite o site da exposição!

Matéria publicada em 17.06.2004

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Cathia Abreu

Adoro aprender coisas novas. Tenho a sorte de trabalhar me divertindo e fazendo descobertas todos os dias.

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