Copa dos robôs

A Copa do Mundo de Futebol no Brasil acabou, mas a bola não parou de rolar. Depois dos humanos, foi a vez dos robôs entrarem em campo na RocoCup, uma competição entre máquinas que jogam futebol, dançam, fazem resgates e muito mais.

Será que foi gol? Robô se prepara para chutar a bola durante partida da última edição da Robocup.  (foto: Samuel Mann / Flickr / (=a hrefhttp://creativecommons.org/licenses/by/2.0/br/)CC BY 2.0(/a))

Será que foi gol? Robô se prepara para chutar a bola durante partida da última edição da Robocup. (foto: Samuel Mann / Flickr / CC BY 2.0)

O evento internacional aconteceu pela primeira vez no Brasil no final de julho, em João Pessoa, na Paraíba. Participaram da competição cerca de 4 mil pessoas de 45 países reunidas em equipes compostas de estudantes de ensino fundamental e médio até engenheiros já formados. A disputa foi acirrada!

Cada equipe construiu e programou seus robôs para as provas da competição. Havia todo tipo de robô, desde humanoides, com corpo semelhante ao nosso, até modelos mais simples, que pareciam carrinhos com rodinhas, mas produzidos a partir de tecnologia avançada.

As partidas de futebol entre robôs foram o grande destaque da competição. Os organizadores do evento apostam tanto na capacidade dos robôs que pretendem criar, até o ano de 2050, uma equipe de máquinas capaz de vencer uma partida de futebol contra a seleção campeã da Copa do Mundo de humanos. Já imaginou?

Além do futebol, o evento contou com disputas de tarefas domésticas, como passar roupa ou cozinhar, e provas em que os robôs faziam resgates em arenas onde eram simuladas situações perigosas, como incêndios.

Tecnologia para os mais novos

Segundo uma das coordenadoras do evento, a engenheira Carmen Faria Santos, da Universidade Federal do Espírito Santo, o principal objetivo da competição foi despertar no jovem o interesse pelo conhecimento. “Infelizmente, muitas escolas não trabalham muito a ciência tecnológica, então a copa foi uma boa oportunidade de fazer a aproximação com essa área”, diz.

Carmen afirma ainda que o trabalho em equipe trouxe muitos benefícios aos participantes, especialmente para os mais jovens. “Eles trabalharam o raciocínio lógico, a criatividade e a coletividade”, pontua. “Além disso, fizeram novos contatos, com pessoas do mundo todo. Houve até casos de equipes de lugares diferentes que se uniram e passaram a trabalhar juntas.”

A Austrália ganhou a competição de futebol de robôs na categoria de adultos.  Mas o Brasil também fez bonito. Na prova de dança, a grande vencedora da categoria júnior foi a equipe Jaguar, composta por 13 estudantes de ensino médio do campus de Volta Redonda do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Foi a primeira participação dos alunos na RoboCup e eles já se tornaram os atuais campeões mundiais!

A equipe brasileira Jaguar foi campeã na categoria júnior da prova de dança. (foto: Equipe Jaguar / Divulgação)

A equipe brasileira Jaguar foi campeã na categoria júnior da prova de dança. (foto: Equipe Jaguar / Divulgação)

“Nossa equipe se saiu muito bem porque colocou em prática o que aprendeu em sala de aula, conceitos de física, eletrônica e programação”, diz o coordenador da equipe Jaguar, o professor Helton Sereno.

Neste ano, a equipe ainda vai disputar o campeonato nacional, mas já almeja o bicampeonato na próxima edição da RoboCup. “Estamos buscando parceiros para nos levar à China no ano que vem”, conta o professor.

Para saber mais sobre o que rolou na RoboCup, confira a galeria de imagens a seguir:

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Matéria publicada em 06.08.2014

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Lucas Lucariny

Como bom futuro jornalista, gosto muito de ler, escrever e descobrir coisas novas. Sou fã de séries, filmes, futebol, música boa e, é claro, ciência!

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