Falsa coral (Oxyrhopus rhombifer)
Ao contrário da verdadeira, a falsa coral não é muito venenosa. Também é bem menor: tem no máximo cerca de 70 centímetros de comprimento. É colorida, com manchas vermelhas, pretas e amarelas intercaladas. O colorido de seu corpo, aliás, parece imitar os anéis da coral verdadeira e essa deve ter sido a maneira que a coral falsa encontrou para se defender dos seus predadores. E funciona! Pesquisadores observaram que essa cobra é menos atacada pelas aves de rapina, que podem confundi-la com uma coral verdadeira. A coral falsa também é ovípara, mas não gosta de ficar embaixo da terra.
Cobra verde (Philodryas aestiva)
A cobra verde tem veneno que pode ser perigoso para o ser humano e dentes aumentados no fundo da boca, que utiliza para o envenenamento de suas presas, depois que as morde. É uma cobra de tamanho médio, com cerca de 65 centímetros de comprimento, mas pode atingir até cerca de um metro. É rara em Itirapina e, provavelmente, só vive em cerrados abertos. Põe ovos, anda sobre a terra, mas pouco ainda se conhece sobre essa espécie.
Cobra-nariguda (Lystrophis nattereri)
A cobra nariguda é assim chamada por ter uma escama arrebitada na ponta do focinho. É uma espécie bem pequena, com cerca de 30 centímetros de comprimento. Não é venenosa e come principalmente ovos de lagartos e de outras serpentes. É uma cobra típica de cerrados abertos como os campos de Itirapina, e, por isso, é considerada ameaçada de extinção no estado de São Paulo. Põe ovos e tem o hábito de se rastejar sobre a areia dos campos. Provavelmente, porém, também é subterrânea, ou seja, gosta de ficar embaixo do solo.
Papa-aranha (Pseudablabes agassizii)
Como seu nome indica, a papa-aranha alimenta-se de algo incomum entre as cobras: as aranhas, sendo que também pode comer escorpiões e lagartos. É uma cobra pequena, com cerca de 30 centímetros. Também é típica dos campos ou cerrados abertos. Gosta de caçar à noite e, embora seja considerada não venenosa, tem veneno que pode ser perigoso para o ser humano e dentes aumentados no fundo da boca, que utiliza para envenenar suas presas. É ovípara e pode colocar entre cinco e oito ovos.
Boipeva (Waglerophis merremii)
O nome significa “cobra achatada” na linguagem dos índios, pois, quando irritada, essa cobra achata bastante o corpo. Durante o dia, pode ser vista caçando sapos no cerrado. Com cerca de meio metro, pode atingir até 80 centímetros de comprimento. Não é venenosa, mas, provavelmente, imita a cor de uma espécie venenosa que também vive em Itirapina: a jararaquinha. Com isso, acaba se protegendo do ataque das aves de rapina, que devem ser seus principais predadores.