Ciência para fazer bolo

Três xícaras de farinha de trigo, três xícaras de açúcar, três ovos, um copo de leite, uma colher de manteiga e uma colher de fermento. Bata a manteiga com o açúcar até formar uma pasta. Depois, acrescente as gemas. Vá adicionando a farinha, o fermento e o leite sem parar de mexer. Como última etapa, bata as claras em neve e misture tudo. Coloque a massa em um tabuleiro e leve-a ao forno pré-aquecido. Em alguns minutos você poderá saborear um apetitoso bolo! Mas como foi que aquela massa viscosa mudou de aparência, transformando-se numa delícia de dar água na boca?

O fermento é o principal elemento da transformação. É ele o responsável pelo o aumento do volume do bolo, que acontece assim: a temperatura alta faz com que o fermento libere gás carbônico (o mesmo das bolhinhas de refrigerante). Esse gás se expande e faz o bolo crescer. O único problema é que, depois de um tempo, o gás carbônico escapa (como no refrigerante) e, sem ele, o bolo murcha. Mas isso não acontece graças aos outros ingredientes.

A própria mistura (e também as claras em neve!) possui pequenas bolhas de ar que ajudam a dar sustentação à massa. Depois, o calor do forno colabora com essa sustentação na medida em que vai solidificando à massa. Nessa passagem para o estado sólido, os ovos se ligam ao leite, formando filamentos (fios muito finos). E a farinha de trigo absorve o líquido, transformando-se em uma substância parecida com a gelatina. Tudo isso ajuda a manter o bolo de pé, mesmo depois de o gás carbônico escapar.

Sei não, mas acho que esse papo de química da culinária dá uma fome!