Tony Goldberg, professor de epidemiologia da Universidade de Winscosin-Madison, na Inglaterra, viajou a Uganda, na África, para estudar chimpanzés. Ao voltar, sentiu uma coceirinha no nariz. Três dias depois, uma dor bem forte. Então, com a ajuda de um espelho, desvendou o mistério: havia ali um carrapato.
“Foi difícil não entrar em pânico!”, contou Tony à CHC. “Mas eu mantive a calma e consegui extrair o carrapato”.
Cuidadosamente, o animal foi retirado e colocado dentro de um vidro. Então, Tony enviou o bicho para um amigo fazer uma análise genética.
Estava bem debaixo do seu nariz a maior surpresa. Aquela sequência de DNA não foi reconhecida. “Foi aí que eu percebi que poderia ser uma nova espécie”, contou o pesquisador.
Entusiasmado, Tony voltou para Uganda na esperança de conseguir capturar novos exemplares dos carrapatos e confirmar a descoberta, mas não teve sucesso – ele e sua equipe espalharam armadilhas para atrair os bichos, só que os chimpanzés destruíram tudo. “Talvez o único jeito de estudarmos novos exemplares seja esperar alguém ter a sorte de encontrar mais um no nariz”, brinca o professor.
É comum observar vários tipos de carrapatos nas narinas de chimpanzés, então surgiu a preocupação de que o bicho pudesse transmitir alguma doença. Tony, no entanto, continuou bem humorado: “Não peguei nenhuma doença de macaco, mas adoro comer banana!”