Bem pertinho da areia

Quem aí gosta de ir à praia? Eu adoro, e o pessoal aqui da redação também! Além de nós, humanos, muitos bichos frequentam as águas e as areias das praias do mundo, incluindo aves, crustáceos e… tubarões! Um estudo recente mostrou que esses peixes visitam a costa com muito mais frequência do que pensávamos.

Desde 2009, o Projeto de Rastreamento de Tubarões Globais já acompanhou mais de 100 tubarões. Atualmente, estão sendo monitorados doze animais, sendo cinco tubarões-brancos, os maiores predadores dos mares (Foto: Terry Goss / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0)

Desde 2009, o Projeto de Rastreamento de Tubarões Globais já acompanhou mais de 100 tubarões. Atualmente, estão sendo monitorados doze animais, sendo cinco tubarões-brancos, os maiores predadores dos mares (Foto: Terry Goss / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0)

Líder do projeto Rastreamento Global de Tubarões, o biólogo Gregory Skomal monitorou a passagem de várias espécies de tubarões pela zona costeira dos Estados Unidos e da África do Sul. Ele explicou à CHC Online que as águas costeiras são aquelas em que os tubarões encontram mais peixes para se alimentarem – daí seu interesse pelas praias.

Para contar as visitas dos tubarões às regiões estudadas, a equipe capturou alguns animais e colou um transmissor em suas costas, devolvendo-os em seguida ao mar. “O aparelho, via satélite, comunica quando o tubarão vai à superfície e mostra sua localização”, explica Gregory. Na página do projeto, em inglês, é possível acompanhar os passeios de vários animais.

Com os dados registrados, os pesquisadores calculam a velocidade do deslocamento dos bichos e sua incidência nas praias. “Tubarões-brancos, por exemplo, podem viajar até 4,8 mil quilômetros em apenas três meses atrás de comida, e têm um incrível senso de direção”, comenta o pesquisador.

Mesmo concluindo que os tubarões estão mais presentes nas praias do que imaginávamos, Gregory não acha que haja motivo para pânico. “Os tubarões se aproximam da costa regularmente e têm feito isso por centenas de anos, mas sem serem notados”, explica. Para ele, isto sugere que os predadores têm muito menos interesse nos humanos do que achávamos.